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Gambás com tamanho ‘acima do normal’ invadem casa, comem comida e dormem no travesseiro em SP

Em Peruíbe, gambás-de-orelhas-pretas invadiram uma casa, dormiram na residência e se alimentaram com a ração dos gatos

Redação Jornal de Brasília

18/04/2022 8h21

Foto: Arquivo Pessoal

Em Peruíbe, litoral São Paulo, gambás-de-orelhas-pretas, também conhecidos como saruês, invadiram uma casa, dormiram na residência e se alimentaram com a ração dos gatos. Eles foram resgatados por uma equipe de biólogos.

A dona da casa, Fúlvia Rodrigues, relatou que a família percebeu que a ração dos gatos e outros alimentos começaram a desaparecer rapidamente. “Começamos a observar, e passamos a ver vários saruês circulando pelo jardim e se alimentando”, diz.

Fúlvia comenta que não sentiu medo, apenas curiosidade, além de tomar um susto ao se depara com eles. “Não é um animal feio, mas o seu contato com a área habitada não é agradável, mesmo porque, eles comem os alimentos que encontram e tentam entrar em casa”.

A dona de casa encontrou um deles dormindo em cima de um travesseiro, e deste momento em diante passou a ter mais cuidado para que eles não entrassem na casa. “À tarde, temos que deixar todas as portas e janelas fechadas, e com o calor que tivemos nestes meses, isso não foi bom”.

Fúlvia acionou a Secretaria de Meio Ambiente da cidade, que foi até o local resgatar os gambás. “Eles vieram à nossa residência e capturaram dois saruês, porém, logo depois da saída da equipe, outros saruês já apareceram e devoraram as rações dos gatos”.

Por conta do aparecimento de mais animais, foi necessário agendar uma nova visita da equipe de resgate. “Vamos precisar outra vez da intervenção dos biólogos, não só para resgatar os animais, mas para devolvê-los ao lugar de origem, fazendo, desse modo, um trabalho valioso em prol da natureza e do meio ambiente”, finaliza.

Resgate

Segundo Malpighi, os animais devem ter “invadido” o local por se tratar de uma casa de veraneio, sem uma presença frequente de pessoas, e pela disponibilidade de alimento. “Chegamos na casa e encontramos os animais dormindo nas prateleiras e em cestos. Fizemos a captura de dois saruês, e os transferimos a um local de vegetação nativa”.

O biólogo afirma, também, que são necessários cuidados importantes para manter os saruês longe das residências. “É um animal silvestre, mas bem adaptado ao convívio no ambiente urbano. São bem versáteis, e conseguem desenvolver um bom desempenho na área urbana, principalmente no quesito alimentar”.

Cuidados para evitar invasões

O especialista explica que restos de comida, disponibilidade de ração para pets e móveis abandonados são atrativos aos gambás, que passam muitas vezes a frequentar os imóveis pela disponibilidade de alimentos no quintal, principalmente no período noturno.

“As pessoas devem se atentar ao lixo e à ração acessível. Normalmente, eliminando essas possibilidades de alimento, já reduz a probabilidade dos saruês frequentarem as residências”, esclarece.

Malpighi informa que, antes de pedir o resgate dos gambás, a principal recomendação é que as pessoas façam o manejo do ambiente, pois, com essas ações, os animais, muitas vezes, não retornam mais.

“Rever a questão do lixo, manter os resíduos em sacos bem fechados, e tirar a ração de animais dos potes, principalmente no período noturno, é fundamental”, conclui.

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