A Polícia Civil de São Paulo confirmou, na noite desta terça-feira (30/9), a apreensão de 800 garrafas de bebidas alcoólicas com suspeita de contaminação por metanol no estado durante fiscalizações realizadas na capital desde a segunda-feira (29/9).
Cinco mortes estão confirmadas e dois suspeitos também foram presos nas operações policiais. Pelo menos quatro estabelecimentos comerciais já foram fechados.
Segundo a instituição, a Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) apura quatro casos suspeitos de possível intoxicação por bebida adulterada com metanol na capital.
As ocorrências são das áreas do 16º (Vila Clementino), 48º (Capão Redondo), 57º (Parque da Mooca) e 78º (Jardins) Distritos Policiais. Só nesta terça-feira (30/9) foram apreendidas 112 garrafas de vodca em diferentes pontos da capital, incluindo 17 na Mooca. Na Grande São Paulo e interior, outros quatro casos também são investigados: um registrado na região metropolitana, cujo consumo ocorreu em Itu, dois em São Bernardo do Campo e um em Itapecerica da Serra.
Na Mogi das Cruzes, a Polícia Civil apreendeu 80 garrafas de bebidas alcoólicas diversas com indícios de adulteração e falsificação em uma adega. Os proprietários do local são investigados. Em Americana, uma ação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) resultou em duas pessoas detidas e mais de 17,7 mil bebidas apreendidas.
Um gabinete de crise foi implementado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta terça. A medida foi determinada após uma reunião técnica, realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, para detalhar as medidas adotadas no combate à intoxicação por metanol e a investigação dos envolvidos.
O governo afirmou que fará a interdição cautelar de estabelecimentos com suspeita de comercialização de bebidas fraudadas, mas não informou o número de interdições, nem quais serão os locais interditados.