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Filho largou emprego para cuidar do pai com Alzheimer e emociona internautas

O aposentado tem, também, pressão alta, diabetes e sofreu cinco acidentes vasculares cerebrais (AVC) em apenas 10 anos

Aline Rocha

13/08/2019 15h36

Foto: Arquivo Pessoal

Da Redação
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O autônomo Adelson Moura decidiu a largar o emprego em Cuiabá há três anos e retornar par o Acre para cuidar do pai, diagnosticado com Alzheimer. Raimundo Nonato, 79 anos, e o filho vivem em Cruzeiro do Sul.

“É muito bom, a memória dele está voltando com todo carinho e amor que dou para ele. Tem dia que chega para mim e diz: “Quer ser meu pai?”. Ele estando bem é o que importa”, contou Adelson.

O aposentado tem, também, pressão alta, diabetes e sofreu cinco acidentes vasculares cerebrais (AVC) em apenas 10 anos. Em decorrência de todos os problemas, ele precisa de uma cadeira de roupas para se locomover.

Ele conta ao G1 que sempre morou com os pais, mas em 2015 se mudou para o MT. No ano seguinte, quando veio ao estado acreano visitar a família, percebeu que o pai estava debilitado e precisava de cuidados.

“Minha mãe é bem lúcida, mas eu que cuido dele porque ela também é idosa. Tem dois anos que está na cadeira de rodas. Foi tendo um AVC atrás do outro, ficou mais fraco. Em dez anos teve cinco e há mais de dois anos não teve mais e nem corre o risco de ter”, afirma.

É o filho quem dá banho no pai, café e faz massagens nos pés. Após o almoço, cochilam para descansar e quando o idoso acorda é hora de um passeio pela cidade.

“É tudo no tempo dele, só tiro ele da cama quando quer. Tem dia que quer mais cedo, outros que quer levantar mais tarde. Vou lá, converso com ele, enquanto não quer não mexo, fica na cama. Dou banho, café da manhã, remédio, dou massagem nele. Almoça, tira um cochilo e, geralmente, vamos dar uma voltinha com ele”, diz.

O idoso tem outros filhos, alguns moram em Rio Branco e outros em Cruzeiro do Sul, mas Moura diz que a missão de cuidar do pai ficou para ele e não consegue morando em outro lugar. “O amor que ele recebe dá ânimo para ele continuar vivendo. Essa missão ficou para mim, não me vejo saindo de perto dele enquanto ele estiver vivo”, finalizou.

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