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Estudante negra denuncia injúria racial em bar

“Ele me disse: ‘Vim conferir para ver se era gente mesmo ou uma raposa na sua cabeça”. Depois, começou a gargalhar”, relatou a jovem

Redação Jornal de Brasília

05/11/2020 12h46

A estudante Sarah Silva Ferreira denunciou que estava em um bar, com a irmã e uma amiga, quando um funcionário chegou na mesa, a ofendeu e começou a gargalhar.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil de Goiânia-GO, nessa quarta-feira (3), o caso ocorreu no Buteko do Chaguinha.

“Ele me disse: ‘Vim conferir para ver se era gente mesmo ou uma raposa na sua cabeça”. Depois, começou a gargalhar”, relatou a jovem ao Portal G1.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, muitos clientes perguntaram se havia ocorrido algo errado, já que Sarah pediu a conta e saiu do bar pouco tempo após chegar. Conversando com outras pessoas, a estudante foi informada que casos assim já ocorreram antes no estabelecimento.

Segundo a jovem, o episódio ocorreu no sábado (31). No mesmo dia, ela relatou o que havia passado em uma rede social.

“Eu não vou prender o meu cabelo ou tentar me embranquecer”, escreveu Sarah na publicação.

Várias pessoas se solidarizaram com a estudante e, até as 18h desta quarta-feira (4), a postagem já contava com mais de 1,5 mil comentários.

Na tarde de quarta-feira (4), a jovem e alguns amigos foram até a porta do bar e repudiaram o ato de injúria racial.

Nota do Buteko do Chaguinha

Sobre o incidente que ocorreu no dia 31/10/2020, o Buteko do Chaguinha vem em nota oficial se manifestar para afastar qualquer mal entendido e afirmar que é veementemente contra todos os tipos de discriminação e, especialmente, contra a discriminação racial, repudiando atos desta natureza.

É necessário esclarecer que, a despeito das recentes manifestações nas redes sociais, tomamos verdadeiras e constantes ações pela inclusão e igualdade social, em todos os níveis. Temos um quadro de funcionários diverso e inclusivo em todas as nossas três unidades.

Contamos com mulheres e negros em cargos de gerência e na gestão de pessoas. Em nossos salões atendem em todos os turnos garçons e garçonetes com diferentes cores de pele, crenças religiosas e condição social. Nossos clientes são igualmente recebidos e bem tratados durante os quase 50 anos de existência do Buteko do Chaguinha.

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