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Coronavírus: Sem equipamentos, médicos apelam para sacos de lixo como proteção

De acordo com um relato de uma médica à rede BBC, o centro de saúde em que ela trabalha está à beira do colapso. A Unidade de Terapia Intensiva está cheia de pacientes infectados com o coronavírus

Redação Jornal de Brasília

06/04/2020 20h26

Com um número de mortos pelo novo coronavírus se aproximando de 5 mil, os hospitais do Reino Unido estão tentando conseguir mais leitos para os doentes mais graves.

De acordo com um relato de uma médica à rede BBC, o centro de saúde em que ela trabalha está à beira do colapso. A Unidade de Terapia Intensiva está cheia de pacientes infectados com o coronavírus.

A mulher, que não quis se identificar, contou que todas as cirurgias que não são urgentes foram adiadas, incluindo as que envolvem pacientes com câncer. Faltam equipes e leitos para terapia intensiva, e isso se soma a escassez de medicamentos e respiradores mecânicos.

Segundo a médica, a equipe de médicos e enfermeiras que cuidam dos pacientes mais doentes em turnos de até 13 horas precisam usar sacos de lixo, aventais descartáveis de plástico e óculos de esqui para proteção.

Enquanto as outras pessoas precisam manter uma distância social de pelo menos dois metros, os médicos examinam os mais doentes a uma distância de cerca de 20cm de seus rostos, sem proteção adequada.

A médica contou que três colegas já testaram positivo para o novo coronavírus. Um deles era médico de uma UTI e, como ela, atendia na emergência sem o equipamento adequado.

Os outros dois infectados integram equipe que trabalhava em outros departamentos do hospital, portanto não usavam Equipamento de Proteção Individual (EPI). No entanto, devido aos sintomas, acredita-se que eles tenham contraído o vírus no centro de saúde.

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