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Casa robótica já não é mais tão futurístico assim

Adriana Pestana Greenhalgh, especialista em domótica explica como a residência do futuro já é uma realidade próxima

Marcus Eduardo Pereira

15/06/2019 13h14

Da Redação
redacao@grupojbr.com

Dentre tantas revoluções como não nos render a que talvez seja a maior delas? Aliás, já nos rendemos há muito tempo e nem nos demos conta do quanto isso transformou e continuará transformando as nossas vidas.

Falo de algo que vivemos todos os dias, em praticamente todas as coisas , algo que nos distrai ,que nos aproxima e que nos afasta das pessoas, algo que nos facilita a vida e às vezes nos complica por não sabermos como usar, algo que salva vidas.

Inevitável e sem volta, falo da tecnologia mais precisamente daquela voltada a automação de processos relativamente simples, no meu entendimento, como a automação residencial ou Domótica, termo que vem da robótica, que significa controle automatizado de algo, do francês Domotique, da junção Domus “casa” com Imotique “automático”.

Mas o que seria isso exatamente e para que serve? A automação residencial ou Domo?tica e? a automatizac?a?o e o controle aplicados a? reside?ncia. Esta automatizac?a?o e controle se realizam mediante o uso de equipamentos que dispo?em de capacidade para se comunicar interativamente entre eles e com capacidade de seguir as instruc?o?es de um programa previamente estabelecido pelo usua?rio da reside?ncia e com possibilidades de alterac?o?es conforme seus interesses.

Em conseque?ncia, a domo?tica permite maior qualidade de vida, reduz o trabalho dome?stico, aumenta o bem-estar e a seguranc?a, racionaliza o consumo de energia e, ale?m disso, sua evoluc?a?o permite oferecer continuamente novas aplicac?o?es.

De onde veio?

Tudo começa na de?cada de 1970, quando surgiram nos Estados Unidos os primeiros mo?dulos “inteligentes”.Tratavam-se de soluc?o?es simples, praticamente na?o integradas e que resolviam situac?o?es pontuais, como ligar remotamente algum equipamento ou luzes.

Com o surgimento dos computadores pessoais, do desenvolvimento da telefonia móvel e internet , tudo foi ficando mais fácil e começa haver uma demanda na área residencial.

O mundo começa a viver nas chamadas “casas inteligentes” e tem evolui?do muito nos u?ltimos anos. Ate porque a crescente popularizac?a?o de diversas tecnologias, seja pelo aspecto educativo do consumidor, seja pelos prec?os decrescentes, contribuem para que as pessoas comecem a sentir realmente os benefícios do uso da tecnologia dentro de suas residências.

Pesquisas recentes feitas nos Estados Unidos e Europa já mostram essa realidade. Segundo a Aureside, Associação Brasileira de Automação Residencial, alguns dados importantes comprovam isso: 84% dos construtores entendem que incorporar tecnologia a?s reside?ncias que constroem e? um importante diferencial mercadolo?gico;

  • Existe a constatac?a?o de que os consumidores na faixa eta?ria que esta?o entrando no mercado, adquirindo seu primeiro imo?vel, ja? convivem com naturalidade com a tecnologia e, portanto, esta?o sendo exigentes com relac?a?o ao seu uso nas reside?ncias que lhes sa?o oferecidas;
  • Sistemas automatizados que contenham apelo pela sustentabilidade, economia de energia e preservac?a?o de recursos naturais esta?o sendo cada vez mais requisitados;
  • Entre as tecnologias emergentes que devem alcanc?ar elevados patamares de crescimento nos pro?ximos anos, esta?o o monitoramento a dista?ncia, o controle de iluminac?a?o e o home care.

De acordo com a revista PC World, a previsão é de que o uso de sistemas de automação residencial triplique nos próximos dois anos.

No Brasil se observa uma rápida absorção desta realidade, porém ainda com alguma falta de naturalidade mesmo sendo a tecnologia algo tão presente em nossas vidas.

De fato, acostumar-se ao controle de forma tão facilitada através de um celular, por exemplo, pode assustar de início mas brevemente se tornará tão normal como o uso do WhatsApp.

Adriana Pestana Greenhalgh é arquiteta especialista em Domótica e Edficios Inteligentes

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