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Cadela baleada no meio da rua escapou de casa por portão aberto

De acordo com o tutor da cadela, apesar da fuga, Lalinha era dócil e não machucaria ninguém durante o passeio no centro da cidade

Redação Jornal de Brasília

17/03/2022 12h10

Na manhã de quarta-feira, 16, a cachorra de estimação de Fabiano Pacheco foi baleada no meio da rua, em Pilar do SUL (SP). Lalinha, como era chamada, escapuliu da casa da família quando os donos chegarem e abriram o portão para descarregar as compras. A cadela, da raça american bully, não resistiu.

Fabiano disse que, apesar da fuga, Lalinha era dócil e não machucaria ninguém durante o passeio no centro da cidade.

O crime foi registrado por uma câmera de segurança, que mostra o momento em que a cadela avançou em um homem, que sacou a arma e atirou.

“Descarregamos as compras do mercado e o portão ficou aberto. Lalinha fugiu e seguiu pelo caminho onde sempre passeio com ela. Uma pessoa avisou que ela saiu e fui buscá-la, com medo de outro cachorro atacá-la. Quando cheguei na esquina, vi que a Lalinha estava ensanguenta. Fiquei desesperado”,contou Fabiano em entrevista ao g1.

Apesar de ter sido levada a uma clínica veterinária, o animal não resistiu ao ferimento e morreu.

De acordo com seu tutor, o homem que atirou em Lalinha foi até a clínica e se desculpou. Depois, os dois foram à uma delegacia registrar um boletim de ocorrência.

“Não sei o motivo dele tomar essa atitude, mas sei que as pessoas têm preconceito com animais musculosos e imponentes, como os da raça american bully ou pit bull. Criamos a Lalinha com amor e sei que ela não machucaria alguém. O animal é aquilo que aprende, independente da raça”, relata. “Lalinha foi recebida com muito carinho e era muito dócil. Ela fazia parte da nossa família. Até criamos um perfil no Instagram para as pessoas verem que, apesar do tamanho, ela era carinhosa. Nesse perfil, compartilhamos fotos dela pequeninha e lembranças dela com minha filha”, continua o dono.

Susto

Conforme a Polícia Civil, o local onde a cadela foi baleada fica em frente a uma escola de Educação Infantil, no centro da cidade.

Em um vídeo, o atirador aparece com a arma em punho andando pela praça próximo à escola, logo após o disparo contra o animal. A diretora da escola informou que as crianças ficaram assustadas ao ouvirem o barulho do tiro.

“As crianças ficaram muito agitadas, a gente pediu para elas ficarem calmas. Inclusive uma das professoras pediu para as crianças deitarem no chão, porque a gente não tinha entendido o que tinha acontecido”, relata Patrícia Fogaça.

Investigação

A Polícia Civil de Pilar do Sul afirmou que um inquérito com duas naturezas será aberto para investigar o caso.

As autoridade irão apurar a conduta do atirador, que tinha licença para ter arma de fogo, porém não poderia estar portando o objeto, e também a conduta dos donos dos animais, que os deixaram soltos no meio da rua.

O caso está, portanto, sendo investigado como disparo e porte de arma de fogo e também por omissão de cautela na guarda ou condução de animais.

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