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Após perder a perna, mecânico cria prótese improvisada

Após sofrer um acidente em 1996 e quase perder a perna inteira, ele chegou a reimplantar o membro, no entanto, houve problemas de rejeição do órgão

Redação Jornal de Brasília

10/08/2020 7h56

O mecânico José Márcio Stefano, de 42 anos, precisou amputar a perna em decorrência de um acidente de moto. Após isso, ele se deparou com várias dificuldades para obter uma prótese e poder voltar a andar. Mesmo assim, José não desistiu e criou a sua própria perna mecânica, feita com canos de bicicleta e resina de prancha. O membro artificial improvisado já acompanha o mecânico há 20 anos.

Foto: Reprodução/Facebook

José relatou ao Portal G1 que sofreu um acidente de moto em 1996, enquanto transitava por uma rotatória. Naquela época, ele quase perdeu a perna inteira, mas conseguiu reimplantar o membro. O mecânico conta que seu pai, que era vivo na época, o ajudou a manter o tratamento, no entanto, o organismo de José rejeitou o órgão reimplantado durante a recuperação.

Após o falecimento de seu pai, José optou por amputar a perna e iniciou a procura por uma prótese. Naquela época, ele conseguia manter os custos do equipamento, mas a burocracia atrapalhou o processo. José conta que são necessárias muitas consultas, exames e entrevistas para adquirir uma prótese.

Com isso, ele observou como as próteses funcionavam, a fim de criar a sua própria versão. Ao chegar em sua oficina, o morador de Mongaguá-SP conseguiu executar o projeto. Ele conta que a perna mecânica improvisada foi feita com cano de bicicleta e resina de prancha. José já usou três versões da adaptação e conta que o equipamento foi melhorando com o passar do tempo.

Os pés do equipamento improvisado ele tirou de uma outra prótese que recebeu como doação. Por não ser adaptada a ele, a perna mecânica doada por um amigo, que também tem prótese, machucava. Apesar disso, José aproveita o que dá das peças que recebe e ainda cria outras próteses para ajudar quem também passa por dificuldades em obter a adaptação.

“Fiz uma perna para um colega usar,e ele ficou de pegar aqui. O que eu posso ajudar, eu faço”, brinca. Ele conta que ainda sonha em ter uma prótese. “Eu aproveito o que ganho, mas o sonho é uma feita para mim”, finaliza.

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