Após a confirmação de dois casos de covid-19 em suspeitos detidos, delegacia foi fechada para desinfecção. Todos os presos, incluindo, os dois doentes, foram encaminhados para prisão domiciliar, por ordem da Justiça.
Oito detentos estavam na unidade. Seis deles foram presos no dia 2 de abril, por receptação. Os suspeitos estavam tentando levar um comboio de veículos roubados para a Bolívia. Cinco integrantes do grupo residiam em São Paulo, antes da prisão. Três deles apresentaram sintomas de Covid-19. Os testes confirmaram dois casos, mas o terceiro não teve o resultado divulgado pelas autoridades.
O detento doente teve contato com os outros sete presos. O delegado da delegacia de Polícia Civil de Miranda-MS pediu a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) a transferência dos suspeitos para presídios, mas a requisição foi negada por não haver espaço para os suspeitos doentes.
O delegado solicitou à Justiça, em razão da falta de estrutura na unidade, a conversão em prisão domiciliar. O Ministério Público Estadual (MP-MS) negou o pedido, alegando que os casos confirmados deveriam ser mantidos isolados e que os outros detentos deveriam ser monitorados. Na noite dessa segunda-feira (13), a Justiça deferiu o pedido do delegado e a prisão preventiva foi convertida em prisão domiciliar.
Os outros dois homens, que não faziam parte do grupo, foram liberados e dispensados do pagamento da fiança. Dois agentes e dois servidores administrativos da delegacia apresentaram sintomas e precisarão passar por testes. A unidade foi fechada para desinfecção.
