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Antes de se entregar, tio de menina disse que tinha medo de ser morto por policiais

Escondido da casa de familiares, ele ouviu dos policiais que seus passos já vinham sendo monitorados em outros estados, como Bahia e Minas Gerais, e que não teria como nem para onde fugir

Redação Jornal de Brasília

18/08/2020 15h45

Encontrado na madrugada desta terça (18) por policiais em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, o homem suspeito de estuprar e engravidar uma menina de 10 anos foi contactado por telefone por policiais pouco antes de ser preso.

Na ligação, ele, que é tio da menina, disse em um primeiro momento que não se entregaria por medo de ser morto pelos agentes. Escondido da casa de familiares, ele ouviu dos policiais que seus passos já vinham sendo monitorados em outros estados, como Bahia e Minas Gerais, e que não teria como nem para onde fugir.

Após a negociação com a polícia, ele se entregou passivamente.

É o que conta ao Painel o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, o coronel Alexandre Ofranti Ramalho.

“Desde o dia que recebemos a notícia-crime, há dez dias, temos trabalhado com o empenho total do nosso efetivo, compartilhando informações com inteligências do Brasil todo. Conseguimos monitorar os passos do indivíduo em Nanuque (MG) e na Bahia”, explica o secretário.

“Nesta madrugada, localizamos em Betim, entramos em contato diretamente com ele, por telefone, e percebemos que ele temia por sua vida, pela prisão por alguns policiais que podiam colocar a vida em risco, na visão dele. Mostramos que daríamos todas as garantias legais e constitucionais, como polícia legalista que somos, e então ele percebeu que não tinha mais como fugir, que todos os passos estavam monitorados, resolveu se entregar, e então fizemos a detenção”, completa.

O secretário diz que a polícia científica de Recife colheu material genético do feto após o aborto, que será comparado com resultados de exames do suspeito.

Segundo Ramalho, o homem possui antecedentes criminais. Ele foi preso em 2010 por tráfico de entorpecentes, posse ilegal de arma de fogo e associação ao tráfico. Em 2014, ele não volta ao presídio após saída temporária —a chamada “saidinha”. Em 2015, foi recapturado, e, em 2018, foi colocado em liberdade.

As informações são da FolhaPress

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