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Amigos afirmam que DJ raptada e espancada foi assassinada por ser lésbica

Jovens foram sequestradas por grupo de homens e agredidas com pedras e barras de ferro. Nenhum suspeito foi preso pelo crime.

Redação Jornal de Brasília

08/08/2019 18h17

Da Redação
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A DJ Ana Karolina de Souza Santos, 19 anos, foi assassinada de maneira brutal em 28 de julho deste ano. Ela e mais três mulheres foram raptadas por um grupo de homens no Bairro Bonsucesso, em Fortaleza, e foram espancadas com pedras e barras de ferro. Ela não resistiu aos ferimentos e, de acordo com uma amiga da vítima, ela pode ter sido morta por homofobia. 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), as investigações seguem em andamento e, até o momento, ninguém foi preso. A políxia suspeita que elas pertenciam de uma facção criminosa, mas amigos discordam desse posicionamento. 

Ao G1, a amiga da vítima conta que, horas antes do crime, Ana Karolina estava com a namorada e amigos em um churrasco, no Bairro Parangaba. O casal teria saído do local para comprar maconha, em um lugar ‘costumeiro’, com a promessa de retornar brevemente. A entrevistada lembra que, como as duas demoraram a retornar, os amigos começaram a ficar preocupados e outro casal de mulheres decidiu procurar pela dupla e também desapareceu. “Depois que as outras duas foram atrás delas e não voltaram, o pessoal todo do churrasco se mobilizou para procurar”, disse.

Ana Karolina, segundo a amiga, fora a mais machucada: morreu antes mesmo de ser socorrida. As outras três foram levadas ao Instituto Dr. José Frota (IJF). “Uma conseguiu fugir e as outras duas disseram que não perceberam logo que a Karol estava morta, porque elas duas se fingiram de mortas. Foi uma estratégia para sobreviver. As meninas falam que em nenhum momento teve assédio, mas eles (raptores) ficaram tirando fotos e perguntando de onde elas eram, quem elas eram. Para mim, a morte da Karol teve relação ao aspecto social que ela estava envolvida. A Karol era quem tinha aparência mais masculinizada. Nem velório ela teve. Ficou toda desfigurada”, relatou a entrevistada.

Buscas

Conforme a SSPDS, a Polícia Civil investiga a morte por meio da 6ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A pasta pediu, por meio de nota, que a população contribua com as investigações, repassando informações que possam auxiliar as buscas. As denúncias podem ser feitas pelo número 181 ou para o Whatsapp do DHPP: (85) 99111-7498. A SSPDS ressaltou que o sigilo e o anonimato do denunciante são garantidos.

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