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Alunos da UFMS são proibidos de comer marmita em restaurante universitário após aumento de 230% no bandejão

Alunos da Universidade Federal de MS se indignaram após a empresa responsável pelo Restaurante Universitário proibirem comer marmita

Redação Jornal de Brasília

28/04/2022 11h16

Foto: Redes sociais/Reprodução

Alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) se indignaram após a empresa responsável pelo Restaurante Universitário (RU) colocarem folhas de papel escritas “proibido comer marmita” nas paredes do restaurante.

A medida foi tomada após aumento de mais de 230% no bandejão e a direção da federal retirar a participação no custeio das alimentações de parte dos estudantes.

Nas redes sociais e pessoalmente, os alunos se posicionaram sobre o impedimento de usarem a dependência do RU e também da estrutura oferecida pela UFMS para que os acadêmicos possam realizar as refeições ou esquentarem as marmitas.

“Primeiro aumentaram o preço pra R$ 15, que é absurdo pra RU, não passam nem cartão de crédito, não deixam alunos vender alimentos, porque tinha uns que vendiam salgados, e agora não deixar os alunos que levam marmita comer no próprio refeitório? É sacanagem”, alega Allan Nakashima, acadêmico de Ciências Contábeis.

Nas redes sociais, outros alunos questionaram a falta de espaço oferecida pela UFMS para que os alunos possam esquentar ou comer as marmitas. O acadêmico de Engenharia Civil, Bruno Samaniego da Cunha postou na internet uma série de apontamentos, incluindo a falta de espaços físicos para que os alunos realizem as refeições fora do RU.

O que diz a empresa

A Paladar Nutri, empresa com concessão do RU, mencionou que tem a autorização e não vê lógica dos estudantes comerem marmitas em um local com pretensão privada.

A empresa mencionou que paga, em média, R$ 20 mil em aluguel para o uso do espaço, além de encargos como luz, água e vários impostos. Para a Paladar Nutri, a empresa oferece ar-condicionado e inúmeros benefícios aos clientes, aquelas pessoas que pagam para usar o local.

Eles explicam que o ambiente é cedido por concessão pública e passou por vários certames. Para a empresa do ramo de alimentação, o local é destinado àqueles que pagam para estar ali e a entrada de acadêmicos com marmitas é “injusta”.

Para solucionar a questão, a Paladar Nutri informou que a UFMS estar a par de todas as questões e que a própria universidade deveria disponibilizar espaços para os estudantes que levam marmitas.

Aumento nas refeições

O RU tem capacidade para servir 3,5 mil refeições por período, tanto almoço quanto janta. O local foi reaberto no dia 4 de abril deste ano, e agora, proíbe as pessoas que levam marmitas para comer dentro do ambiente. O descontentamento dos estudantes surgiu antes da placa.

Atualmente, os valores são os seguintes:

R$ 3 para alunos graduados em situação de vulnerabilidade econômica e tenha preenchido o CadÚnico do Governo Federal;
R$ 10 para alunos de pós-graduação;
R$ 15 para os demais alunos e frequentadores, incluindo funcionários;
Antes, a refeição era de R$ 2,50 para alunos de baixa renda e R$ 4,50 para os demais estudantes.

O que diz a UFMS

A direção da UFMS informou que, como o restaurante é terceirizado, não vai se manifestar sobre o assunto. “A licitação compreende a concessão de todo o espaço do RU, cozinha, equipamento e refeitório para que a empresa forneça à comunidade universitária”.

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