O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) tomou conhecimento da denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o proprietário e a advogada de uma academia situada em Peruíbe, região litorânea do estado, acusados de discriminar uma mulher transexual.
A acusação se baseia na proibição imposta a mulher de utilizar o banheiro feminino nas instalações da academia, bem como em comentários desrespeitosos relacionados à sua aparência e vestimenta durante os treinos.
Paola Bandeira, de 28 anos, a vítima dessa discriminação, relatou que teve que se mudar de cidade devido às experiências transfóbicas que enfrentou. No entanto, ela expressou satisfação por ver que seu caso não foi esquecido e continua a ser investigado.
No momento em que ocorreram os incidentes, o dono da academia e sua advogada convocaram Paola para uma reunião, na qual criticaram o seu comportamento e vestimenta, rotulando-os como “inadequados”. Além disso, questionaram se ela havia efetuado mudança legal de nome e passado por cirurgia de redesignação sexual.
Após Paola afirmar que não tinha realizado a cirurgia, foi comunicada de que não poderia usar o banheiro feminino no estabelecimento.