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Vírus da China mata dois, e Brasil reforça cuidado

Nos últimos dias, Tailândia e Japão notificaram dois casos da doença, ambos de pessoas que estiveram na cidade chinesa de Wuhan, onde o vírus foi notificado pela primeira vez

Marcus Eduardo Pereira

18/01/2020 10h23

O Ministério da Saúde publicou um comunicado neste mês às vigilâncias sanitárias de portos e aeroportos brasileiros para que reforcem os cuidados e orientações aos viajantes por causa de um vírus misterioso que tem causado pneumonia em moradores de uma cidade da China. Até agora, ao menos 45 pessoas foram infectadas e duas morreram. Cinco estão hospitalizadas em estado grave.

Nos últimos dias, Tailândia e Japão notificaram dois casos da doença, ambos de pessoas que estiveram na cidade chinesa de Wuhan, onde o vírus foi notificado pela primeira vez. A situação é monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que ainda não tem informações sobre a origem do vírus nem sobre as formas de transmissão.

Mesmo com poucas informações, o Ministério da Saúde, na semana passada, enviou comunicado às representações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em portos e aeroportos para que viajantes sejam orientados a tomar medidas de precauções em viagens ao exterior, especialmente às regiões com casos confirmados.

Entre as medidas, estão ações como lavar as mãos, evitar locais com grandes aglomerações e ficar atento a sintomas como febre, dores no corpo e problemas respiratórios.

Ontem, os Estados Unidos começaram a examinar passageiros que chegam em voos diretos ou com conexão na cidade de Wuhan. Os viajantes serão submetidos a um teste de controle de temperatura para detecção de sintomas em três aeroportos: San Francisco, Los Angeles, e JFK, em Nova York. Aqueles que apresentarem sintomas do vírus serão levados a outras instalações para uma avaliação adicional e um teste de diagnóstico rápido.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o coordenador-geral de emergências em saúde pública do Ministério da Saúde, Rodrigo Lins Frutuoso, afirmou que, embora tenham sido notificados dois casos fora da China, a ocorrência do vírus ainda está muito concentrada e não é possível saber, no momento, se ele tem grande risco de rápida disseminação. Por isso, a principal ação deve ser de monitoramento e orientação.

“A OMS ainda não recomendou nenhuma restrição de viagens nem de comércio. Estamos monitorando cada fato novo, mas ainda não temos muitas informações”, disse Frutuoso. “O cenário de avaliação de risco é bastante dinâmico e as medidas não podem ser desproporcionais. Nem sequer sabemos se a transmissão ocorre entre humanos”, destacou.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, destacaram que, segundo as últimas informações, os riscos do vírus são baixos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

Número de infectados por Coronavírus pode ser maior, aponta relatório

O Colégio Imperial de Londres divulgou relatório em que contesta as autoridades de saúde na cidade chinesa de Wuhan. Segundo dados oficiais, são quatro os casos registrados de pessoas infectadas pelo Coronavírus, que causa pneumonia e pode levar à morte. Diferentes relatos colocam o número de pessoas possivelmente infectadas pelo vírus entre 45 e 50. Já o colégio britânico estima que os números superem a marca de 1.723 casos só na cidade em que a surto começou.

Desde que foi descoberto em dezembro do ano passado, duas pessoas morreram em Wuhan por contaminação pelo vírus. Acredita-se que os primeiros casos começaram em um mercado de frutos do mar. O relatório afirma que “é provável que o surto em Wuhan de uma nova cepa do Coronavírus tenha causado substancialmente mais casos de doenças respiratórias moderadas ou severas do que atualmente reportadas”.

Outros três casos foram relatados fora da China: dois na Tailândia e um no Japão. As três pessoas estiveram recentemente em Wuhan. “A transmissão autossustentável entre humanos não deve ser descartada”, afirma ainda o parecer da universidade britânica.

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