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URGENTE: Itália supera a marca de 100 mortos por coronavírus

No dia anterior, o balanço era de 79 mortos e 2.502 infectados, o que implica um aumento de 28 mortos e 587 infectados em apenas 24 horas

Redação Jornal de Brasília

04/03/2020 14h50

A Itália registrou nesta quarta-feira 107 mortes por coronavírus, de acordo com o último balanço oficial, que registra 3.089 pessoas infectadas, sendo o terceiro país mais afetado depois da China e da Coreia do Sul.

No dia anterior, o balanço era de 79 mortos e 2.502 infectados, o que implica um aumento de 28 mortos e 587 infectados em apenas 24 horas, disse a Proteção Civil.

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Da Rússia à Indonésia, os Estados tentam garantir o fornecimento de máscaras protetoras contra o coronavírus, enquanto aumentam as “razzias”, estocagem e até roubo de suprimentos médicos.

Máscaras, luvas, óculos, desinfetantes e roupas de proteção: cada país prepara seu arsenal para resistir à epidemia, enquanto os consumidores entram em pânico.

Na Indonésia, a polícia apreendeu cerca de 600.000 máscaras em um armazém localizado na região da capital Jacarta, numa época em que o anúncio, na segunda-feira, dos dois primeiros casos de contaminação no arquipélago causou uma demanda galopante por elas.

“Os preços das máscaras disparam e já há escassez, provavelmente porque os especuladores estão tentando ganhar dinheiro às custas das pessoas”, disse Yisri Yunus, porta-voz da polícia de Jacarta.

Pelo menos 500 pessoas fizeram fila nesta quarta-feira na frente de um supermercado de Seul tentando obter o precioso equipamento médico que se tornou escasso, a ponto de o presidente sul-coreano Moon Jae-in se desculpar pela escassez.

A Coreia do Sul, o país mais afetado pela epidemia após a China, produz 10 milhões de máscaras por dia para uma população de cerca de 50 milhões de pessoas.

O governo requisitou metade da produção para distribuir em correios, farmácias e uma cooperativa agrícola que as vende a um preço fixo, com um limite de cinco unidades por pessoa.

O país asiático não é o único ameaçado pela escassez.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na terça-feira sobre o “esgotamento rápido” dos estoques de equipamentos de proteção. Seu diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu para aumentar sua produção em 40%.

– Máscaras em vez de cobertores –

A OMS estima que serão necessários 89 milhões de máscaras médicas por mês em todo o mundo, além de 76 milhões de pares de luvas e 1,6 milhão de lentes de proteção.

O diretor-geral da organização disse que “a OMS enviou quase meio milhão de equipamentos de proteção individual para 27 países, mas os estoques são rapidamente esgotados” pela “crescente demanda, acumulação e uso indevido” desses produtos.

“Não poderemos conter o COVID-19 se não protegermos nossa equipe médica”, alertou.

Na China, onde a epidemia surgiu em dezembro passado e causou 2.981 mortes, a falta de equipamento de proteção inicialmente causou a contaminação de milhares de médicos e enfermeiros e pelo menos uma dúzia de mortes entre eles.

O país converteu fábricas de cobertores, fraldas e até celulares, para a fabricação de máscaras ou macacões de proteção.

Na França, o presidente Emmanuel Macron anunciou na terça-feira que o Estado exige que “todos os estoques e a produção de máscaras protetoras” sejam fornecidos ao pessoal médico e às pessoas afetadas pelos coronavírus.

Mais de 8.000 máscaras foram roubadas em hospitais parisienses e 2.000 em Marselha. Enquanto isso, a Alemanha e a Rússia proibiram a exportação de equipamentos médicos de proteção na quarta-feira.

A Itália, que não as produz, receberá 800 mil máscaras da África do Sul em alguns dias, mas precisa de pelo menos dez milhões a mais para enfrentar a epidemia, segundo Luigi D’Angelo, chefe do Serviço de Emergência de Proteção Civil.

Os hospitais tinham reservas, mas a expansão da epidemia colocou todo o sistema sob pressão, disse ele à AFP.

Na China, um alto funcionário do Ministério da Indústria disse quarta-feira que as fábricas também são incentivadas a produzir para exportação, uma vez que a manufatura já excede as necessidades de Hubei (centro), o epicentro da epidemia.

Agence France-Presse

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