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Mundo

Sob pressão, Trump assina plano de alívio econômico

A mudança aconteceu após um dia de pressão de todas as alas políticas para evitar um desastre social e econômico

Redação Jornal de Brasília

28/12/2020 7h15

Republican presidential candidate Donald Trump gestures and declares “You’re fired!” at a campaign rally in Manchester, New Hampshire, in this file photo taken June 17, 2015. New York City is reviewing its contracts with Donald Trump following comments by the developer and U.S. presidential candidate insulting Mexicans, Mayor Bill de Blasio said on Wednesday. REUTERS/Dominick Reuter/Files

Pressionado por congressistas de todas as alas e com quase uma semana de atraso, o presidente Donald Trump assinou no domingo à noite o novo plano de ajuda para a economia americana, anunciou a Casa Branca, ampliando os benefícios para milhões de cidadãos que lutam contra a pandemia e a crise.

O pacote, que “proporciona resposta de emergência ao coronavírus e alívio”, com 900 bilhões de dólares, é parte de uma legislação maios ampla que, com a assinatura de Trump, evitará a paralisação das atividades do governo a partir de terça-feira.

“Estou assinando este projeto de lei para restaurar o seguro-desemprego, interromper os despejos, fornecer assistência de aluguel, adicionar dinheiro para os programas de empréstimos para empresas, devolver nossos funcionários do setor aéreo a seus empregos, adicionar substancialmente mais dinheiro para a distribuição de vacinas, e muito mais”, afirmou o presidente em um comunicado publicado de sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, onde passou o Natal.

A mudança aconteceu após um dia de pressão de todas as alas políticas para evitar um desastre social e econômico, especialmente para a população mais vulnerável.

Dois programas federais que incluíam subsídios para os desempregados, aprovados em março como parte do plano inicial de ajuda ante a crise provocada pela pandemia de coronavírus, expiraram à meia-noite de sábado, deixando de fora 12 milhões de americanos, segundo a estimativa do centro de estudos progressista The Century Foundation.

O pacote de estímulo, aprovado pelo Congresso em 21 de dezembro, prorrogará as ajudas, assim como outras que deveriam expirar nos próximos dias.

Durante dias, no entanto, Trump se recusou a assinar o pacote, que chamou de “vergonha”, o que pegou republicanos e democratas de surpresa, após meses de complexas negociações.

O influente senador republicano Mitt Romney afirmou que está “aliviado”. “A ajuda está agora a caminho dos trabalhadores, famílias e pequenos negócios de todo o país que precisam desesperadamente”, escreveu no Twitter.

– “Alívio crucial” –

No comunicado de domingo, Trump repetiu a pressão para que os cheques destinados aos contribuintes com mais dificuldades econômicas aumentem dos 600 dólares estipulados inicialmente para US$ 2.000. Também voltou a criticar que o plano inclua muitos gastos para programas não relacionados com a pandemia.

Porém, ele não explicou porque esperou até a aprovação do texto para expressar suas opiniões.

O novo pacote de estímulo estende a ajuda federal aos desempregados até meados de março e oferece empréstimos garantidos e bilhões de dólares em ajuda para pequenas empresas, restaurantes, hotéis, companhias aéreas e outras empresas.

Também prorroga as moratórias nos despejos para as pessoas que não podem pagar o aluguel, suspende as execuções de hipotecas e proporciona fundos para a distribuição de vacinas de covid-19.

A ajuda é essencial para a maior economia do mundo, muito abalada pelas restrições adotadas para lutar contra a propagação do coronavírus.

“Eu aplaudo a decisão do presidente de fazer com que bilhões de dólares de alívio crucial para a covid-19 saiam pela porta e cheguem às mãos de famílias americanas”, tuitou o líder republicano do Senado, Mitch McConnell.

A presidente democrata da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, chamou o projeto de “pagamento inicial do que é necessário para esmagar o vírus, colocar dinheiro nos bolsos dos americanos e honrar nossos heróis””.

“Devemos adotar mais ações de maneira mais rápida” completou.

© Agence France-Presse

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