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Mundo

Senado dos EUA rejeita venda de armas a sauditas

Em três votações consecutivas, alguns senadores republicanos se uniram aos democratas e vetaram o uso do poder de emergência pelo governo

Lindauro Gomes

21/06/2019 8h57

O Senado dos EUA bloqueou nesta quinta-feira, 21, vendas no valor de US$ 8,1 bilhões de armas e munição para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, em uma rara união bipartidária que frustrou a tentativa do governo de Donald Trump de abastecer com armamentos seus aliados no Oriente Médio por meio de uma declaração de emergência em relação ao Irã.

Em três votações consecutivas, alguns senadores republicanos se uniram aos democratas e vetaram o uso do poder de emergência pelo governo. Segundo analistas, o voto contra a medida de Trump é um sinal de descontentamento dos parlamentares com a recorrência do uso de emergências por Trump.

Nesta quinta-feira, o Senado americano aprovou por 53 a 45 as resoluções que evitariam vendas no valor de US$ 8,1 bilhões anunciadas este ano. As medidas bloquearam 22 acordos separados de vendas para manutenção de aeronaves, munições de precisão e outras armas para a Arábia Saudita, Emirados Árabes e Jordânia.

Ainda nesta quinta, o governo britânico também anunciou que suspenderá a entrega à Arábia Saudita de novas licenças de armas que possam ser usadas no conflito no Iêmen, após uma decisão judicial que pediu ao Executivo que reconsiderasse suas práticas A Arábia Saudita intervém militarmente no vizinho Iêmen desde 2015, liderando uma coalizão regional de apoio às forças pró-governo contra os rebeldes houthis, xiitas apoiados pelo Irã

O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos, a maioria civis, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 3,3 milhões de pessoas continuam refugiadas e 24,1 milhões (mais de dois terços da população) necessitam de assistência, segundo a ONU, que classifica a crise humanitária como a pior do mundo. Organizações de defesa dos direitos humanos denunciam a venda de armas por fabricantes estrangeiros como uma violação do direito humanitário internacional. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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