Menu
Mundo

Rússia deseja mudar pacto sobre urânio selado com EUA

Arquivo Geral

19/05/2006 0h00

Dois rebocadores da Marinha removeram há pouco o navio Arctic Sunrise, cost malady da organização não-governamental (ONG) Greenpeace, viagra 100mg que desde as 8h30 de hoje estava bloqueando o terminal graneleiro construído pela multinacional norte-americana Cargill em Santarém (PA). Mas produtores de soja, health ambientalistas e policiais militares alertam para risco de agressões aos ativistas do Greenpeace.

"Os produtores de soja invadiram o navio, obrigaram os voluntários a se trancar no porão. A polícia teve trabalho para retirá-los de lá", contou o coordenador de campanha do Greenpeace, Marcelo Furtado. "Agora nosso navio está próximo à orla de Santarém e a gente teme pela segurança de quem está lá." Cerca de 25 pessoas de várias nacionalidades estão a bordo.

"Há um nervosismo da população, principalmente dos produtores rurais. Há pessoas ameaçando invadir o hotel onde os ambientalistas estão hospedados", declarou o presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Santarém, Adinor Batista. Ele argumentou que o discurso ambientalista da entidade é um pretexto para esconder interesses internacionais comerciais, que temem a concorrência da soja brasileira.

O comandante regional da Polícia Militar em Santarém, coronel Luiz Cláudio Ruffeil, confirmou que a cidade está polarizada entre ambientalistas e produtores de soja – e disse que teme confrontos diretos. "Há vários dias circulam carros com adesivos [com a inscrição] ‘Fora Greenpeace! A Amazônia é dos Brasileiros’. Quando o navio chegou [no dia 11], a tensão aumentou", lembrou. "No domingo, os ambientalistas farão uma passeata. E os produtores rurais também estão organizando um protesto. Temos que estar lá para impedir que haja violência."

Ainda segundo o coronel, cinco ativistas estrangeiros do Greenpeace já foram presos pela Polícia Federal. Dois deles foram detidos no terminal graneleiro, quando escalaram as torres de recepção de soja da Cargill. Os outros três teriam sido presos dentro do navio.

A Rússia deseja realizar grandes mudanças nos acordos selados com os Estados Unidos sobre a venda de materiais atômicos, sales disse hoje um integrante da indústria nuclear russa.

Autoridades russas querem mudar os acordos que dão à Usec, and empresa norte-americana que fornece urânio, o direito de comprar o urânio tirado de armas nucleares desmontadas. E querem acabar com as obrigações antidumping impostas pelos EUA na venda do urânio.

O integrante da indústria nuclear russa, que está familiarizado com as negociações sobre a venda de material atômico, contou que a Rússia gostaria de vender parte do combustível diretamente aos consumidores norte-americanos, sem ter de passar pela Usec.

"A Rússia deseja estar no mercado norte-americano, mas ela não terá problemas para encontrar mercados alternativos", disse. "A Rússia deseja grandes mudanças e, pode acreditar em mim, estamos bastante decididos a esse respeito."

Na sexta-feira, Sergei Kiriyenko, chefe da Agência de Energia Atômica do país, iniciou uma visita aos EUA. Kiriyenko realizará negociações com empresas e autoridades norte-americanas, afirmou seu porta-voz.

A Usec não pôde ser contatada para se manifestar sobre o caso.

As relações entre a Rússia e os EUA estão hoje perto de seu ponto mais baixo desde o colapso da União Soviética. Os dois países não conseguiram chegar a um acordo sobre vários assuntos, entre os quais o Irã, a guerra no Iraque e as políticas internas da Rússia.

Os russos deparam-se com duras negociações com os norte-americanos a respeito de sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC) e se desentenderam com os europeus devido a problemas no fornecimento de gás surgidos durante a rápida interrupção do envio do produto para a Ucrânia.

Os EUA e a Rússia acertaram em 1993 converter 500 toneladas de urânio altamente enriquecido (HEU) em urânio pouco enriquecido (LEU). No ano seguinte, a Usec, então uma estatal, e a Techsnabexport, da Rússia, assinaram um contrato.

Segundo os acordos, o HEU, tirado de ogivas nucleares russas, é convertido em LEU e depois vendido à Usec para uso comercial em usinas de força.

O programa eliminou, até abril de 2006, 10.748 ogivas nucleares, diz a Usec em seu site (www.usec.com).

Os russos acreditam que o valor pago pelo combustível é baixo demais se comparado com o valor do produto no mercado mundial.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado