Menu
Mundo

Reino Unido inicia a vacinação contra o coronavírus

A rainha Elizabeth II, de 94 anos, e seu marido, o príncipe Philip, de 99, podem ser vacinados em público nos próximos dias

Redação Jornal de Brasília

08/12/2020 6h22

O governo britânico iniciou nesta terça-feira (8) a campanha de vacinação contra a Covid-19, a prioridade são os idosos, seus cuidadores e profissionais de saúda na campanha de vacinação, iniciada às 8H00 (5H00 de Brasília)) desta terça-feira, chamado pelo pelo ministro da Saúde, Matt Hancock, como “dia V”, de vacina… ou de vitória.

Margaret Keenan, uma idosa de 90 anos hospitalizada em Coventry (centro da Inglaterra), foi a primeira pessoa a receber a primeira dose da vacina tão aguardada.

A campanha britânica acontecerá em um primeiro momento apenas em hospitais devido à necessidade de armazenar a vacina da Pfizer/BioNTech em temperatura muito reduzida, entre -70ºC e -80ºC. Em uma segunda etapa serão estabelecidos 1.000 centros de vacinação, de ambulatório a centro esportivos, anunciou Hancock.

Na chegada, as doses foram retiradas das caixas cheias de gelo seco por técnicos farmacêuticos e colocadas em congeladores especiais.

“Saber que estão aqui e que estamos entre os primeiros do país a receber a vacina e, portanto, os primeiros do mundo, é simplesmente incrível”, afirmou Louise Coughlan, farmacêutica-chefe do hospital universitário de Croydon, no sul de Londres.

A vacinação acontecerá de acordo com uma ordem de prioridades que começa com residentes e funcionários de casas de repouso, profissionais de saúde e pessoas com mais de 80 anos.

Depois, o programa seguirá por faixas etárias regressivas até os maiores de 50 anos.

As autoridades já alertaram que a maior parte da campanha de vacinação acontecerá em 2021.

O Executivo espera vacinar todas as pessoas vulneráveis até abril, mas isto dependerá do ritmo de entrega das próximas doses da vacina.

Será “uma corrida de fundo e não de velocidade” alertou o diretor-médico da saúde pública britânica, Stephen Powis.

– A rainha e seu marido –

O Reino Unido pediu 40 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, suficientes para 20 milhões de pessoas porque cada indivíduo deve receber duas doses com 21 dias de diferença.

O número representa menos de um terço de sua população (66,5 milhões), mas o país conta com a autorização em breve de outras vacinas, incluindo a da americana Moderna e, especialmente, a britânica da AstraZenaca/Oxford.

Desta última, as autoridades de saúde britânicas reservaram 100 milhões de doses – uma vez autorizada para seu uso e produzidas – e como esta pode ser armazenada a uma temperatura de entre 2ºC e 8ºC, a distribuição deve ser mais simples.

O sucesso da campanha de vacinação é crucial para o governo de Boris Johnson, muito criticado desde o início da pandemia por suas políticas erráticas e que agora enfrenta protestos dentro de seu partido (Conservador) contra as severas restrições locais, que entraram em vigor em 2 de dezembro após o fim do segundo confinamento.

Para lutar contra as dúvidas de alguns britânicos a receber a injeção, a rainha Elizabeth II, de 94 anos, e seu marido, o príncipe Philip, de 99, podem ser vacinados em público nos próximos dias.

© Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado