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Mundo

Policial branco mata mulher negra em sua casa do Texas

A família de Atatiana Jefferson, de 28 anos, pediu em entrevista coletiva que a polícia de Fort Worth, que está conduzindo a investigação, deixasse o caso

Lindauro Gomes

14/10/2019 17h13

Um policial branco americano foi posto sob investigação, nesta segunda-feira (14), depois de matar uma mulher negra em sua casa em Fort Worth, Texas, durante uma operação de rotina.

A família de Atatiana Jefferson, de 28 anos, pediu em entrevista coletiva que a polícia de Fort Worth, que está conduzindo a investigação, deixasse o caso e que o suspeito fosse acusado “rapidamente”.

A tragédia aconteceu menos de duas semanas após a sentença de dez anos de prisão de uma policial branca que, em 2018, matou um vizinho negro por uma confusão em Dallas, a cerca de 80 quilômetros de Fort Worth.

Desta vez, o caso começou com uma ligação para a polícia, na sexta-feira à noite, de um homem preocupado depois de ver a porta do vizinho aberta por várias horas.

Dois agentes chegaram ao local, percorreram a casa e “observaram uma pessoa parada perto de uma janela”, segundo um comunicado da polícia. “Ao perceber uma ameaça, um policial pegou sua arma de serviço e disparou”, acrescenta o documento.

O policial “não anunciou que era policial antes de atirar”, reconheceu o tenente Brandon O’Neil.

Atatiana estava brincando com seu sobrinho de 8 anos quando ouviu um barulho no jardim e se aproximou da janela para ver o que estava acontecendo, disse o advogado de sua família, Lee Merritt, acrescentando que ela abriu a porta para o ar refrescar a casa.

Ela morreu antes do socorro chegar.

Graduada em Biologia, ela era funcionária em uma empresa farmacêutica.

A polícia de Fort Worth postou um vídeo da intervenção, onde agentes são vistos checando a área com lanternas. Vendo movimento em uma janela, um deles grita “Mãos para cima, me mostre suas mãos!” e atira quase imediatamente.

O policial foi suspenso e deve ser interrogado nesta segunda-feira. A família da vítima quer que um serviço federal assuma a investigação.

 

Agence France-Presse

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