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Mundo

Paris cancela maratona por risco de segunda onda de pandemia

A França conseguiu controlar a pandemia a partir do final de abril e chegou a ter dias com menos de 200 novos casos

Redação Jornal de Brasília

12/08/2020 17h20

Tourists stand in front of the Eiffel tower on the deserted Trocadero square on March on 17, 2020 in Paris while a strick lockdown comes into in effect to stop the spread of the COVID-19 in the country. – French President asked people to stay at home to avoid the spreading the Covid-19, saying only necessary trips would be allowed and violations would be punished. The country has already shut cafes, restaurants, schools and universities and urged people to limit their movements. (Photo by Ludovic Marin / AFP)

Dométrio Vecchioli
São Paulo, SP

Uma das maiores do mundo, a Maratona de Paris não será realizada em 2020. Programada inicialmente para abril e remarcada para novembro, a prova foi cancelada de forma definitiva nesta quarta-feira (12), quando os organizadores anunciaram terem feito de tudo para tentar manter a prova, sem sucesso.

“Haverá grande decepção entre aqueles que sacrificaram o tempo de treinamento para o que se tornou uma maratona de outono. Estaremos trabalhando lado a lado com a cidade de Paris para realizar uma edição de 2021 que reúna os corredores mais apaixonados nas ruas mais bonitas do mundo”, disseram os organizadores.

A França conseguiu controlar a pandemia a partir do final de abril e chegou a ter dias com menos de 200 novos casos. Mas os números voltaram a crescer em julho e na última sexta-feira (7) foram registrados mais de 2 mil novos casos. Novas medidas têm sido tomadas, como a exigência de uso de máscaras em lugares públicos fechados e em pontos turísticos. Tudo para evitar a segunda onda do coronavírus, que pode precisar de uma nova quarentena para ser controlada.

Daí o risco de se manter programada uma maratona para novembro, ainda mais com a proporção da corrida de Paris, que tem 50 mil participantes (são centenas de milhares de inscrições, mas as vagas são definidas por sorteio). Em número de participantes, é uma das cinco grandes do mundo, junto com Londres, Nova York, Chicago e Berlim.

Diferente das demais, porém, não é uma das seis “Majors”, as provas mais importantes para o atletismo de alto rendimento, lista que também tem as maratonas de Boston e Tóquio, limitadas a 30 mil inscritos. Paris é considerada a prova mais importante prova fora desse grupo de elite.

Por causa do coronavírus, praticamente toda a temporada de maratonas foi cancelada. A começar com as disputadas na Ásia nos primeiros meses do ano, incluindo a de Tóquio, disputada apenas por atletas de elite. Depois, a primeira onda do coronavírus na Europa cancelou as provas de primavera (abril e maio). Agora, o risco de segunda onda cancela muitas das provas de outono (setembro e outubro), incluindo Berlim e Frankfurt, ambas na Alemanha.

Das grandes, a única confirmada é a de Londres, mas não para 45 mil corredores, como de costume. Apenas entre 30 e 40 atletas de elite vão largar para uma corrida dentro de um circuito fechado de 2,4 quilômetros, que os organizadores dizem que será seguro contra o coronavírus, no dia 4 de outubro. Também relevantes no calendário internacional, a Maratona de Amsterdã, em 18 de outubro, segue com esperanças de ser realizada. As vizinhas de Roterdã e Eindhoven foram canceladas.

As informações são da FolhaPress

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