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Para tentar fugir de ‘lockdown’, Eslováquia testa 2,6 milhões em um dia

Deste total, tiveram resultado positivo 25,85 mil, ou 1% dos que fizeram o teste. Eles ficarão em quarentena

Redação Jornal de Brasília

01/11/2020 16h25

Testes de coronavírus feitos no Sesc da 504 Sul. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasilia

Ana Estela de Sousa Pinto
Bruxelas, Bélgica

Para tentar conter o contágio de coronavírus sem precisar recorrer a um novo confinamento, o governo da Eslováquia começou neste sábado (1º) a testar toda a população do país acima dos dez anos de idade.

No primeiro dia dos dois finais de semana, foram testados 2,58 milhões de eslovacos –quase metade da população de 5,6 milhões de habitantes. Tiveram resultado positivo 25,85 mil, ou 1% dos que fizeram o teste. Eles ficarão em quarentena.

A Eslováquia, um dos primeiros países europeus a implantar confinamento na primeira onda de coronavírus, tem a segunda menor taxa de mortes do continente: 40 mortos por Covid-19 para cada 1 milhão de habitantes, atrás apenas da Letônia, que tem 39/1 milhão, desde o começo da pandemia.

O governo eslovaco implantou confinamento seis dias antes de confirmar a primeira morte por Covid-19, em 12 de março, o que também lhe garantiu uma baixa taxa de casos confirmados: 1.100/100 mil habitantes, cerca da metade da francesa, por exemplo, que chega a 2.100/100 mil.

O governo eslovaco teme, porém, um repique mais forte como o que ocorreu na vizinha República Tcheca, que nas últimas semanas vem enfrentando o triplo de novos casos diários e uma alta taxa de mortes.

Para implantar o programa de testes universais, foram montados 5.000 postos nas 141 cidades eslovacas. A participação foi voluntária, mas o governo pretende restringir o movimento dos que se recusarem a passar pelo diagnóstico.

“A liberdade deve caminhar junto com a responsabilidade”, disse o primeiro-ministro eslovaco, Igor Matovic, à imprensa nacional. Segundo ele, todos devem proteger os idosos e doentes.

A estratégia de testes, rastreamento de contatos e isolamento é uma das opções já defendidas pela Organização Mundial da Saúde para evitar a transmissão do coronavírus. Ela depende, porém, de que as pessoas que tiveram resultado positivo fiquem realmente isoladas, afirmou na última sexta a líder técnica da OMS para Covid-19, Maria Van Kerkhove.

Outras medidas como distanciamento físico, higiene das mãos e evitar lugares fechados e aglomerações também devem ser mantidas por toda a população, segundo a OMS.

Em outros países europeus, o rápido aumento de novos casos de Covid-19 suplantou a capacidade de rastrear contatos, e vários anunciaram bloqueios parciais, por cerca de um mês. A paralisação já foi definida na Alemanha, França, Inglaterra, Portugal, Bélgica e Áustria, entre outros.

As informações são da Folhapress

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