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Mundo

OMS: países devem isolar, testar, tratar e traçar rumos do coronavírus

O Itamaraty diz acompanhar turistas brasileiros que tentam retornar ao Brasil

Aline Rocha

18/03/2020 14h22

A Organização Mundial de Saúde (OMS) ressaltou em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 18, a importância de que os países realizem testes, isolem os casos confirmados de coronavírus, tratem os doentes e tracem os rumos da doença para combatê-la. “Não concluam que sua comunidade não será afetada, preparem-se como se ela fosse”, advertiu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra.

A OMS informou que já recebeu confirmação de mais de 200 mil casos de coronavírus pelo mundo, com mais de 8 mil mortes. “Sabemos que há dificuldade tremenda enfrentada pelos países e que há escolhas difíceis a fazer”, comentou o diretor-geral sobre as medidas para conter a circulação de pessoas para combater a doença. “As medidas de distância física, como cancelar eventos, podem ajudar contra o vírus”, lembrou, citando especialmente grandes eventos, inclusive religiosos, nos quais grupos grandes de pessoas vindas de diferentes partes de uma área se encontram.

“Os casos confirmados leves também devem ser isolados”, ressaltou a OMS, insistindo na necessidade de se fazer testes e isolar os casos para conter a disseminação. A entidade disse que a estratégia de desacelerar a curva de casos está salvando vidas e ganhando tempo para que possa ser desenvolvido algum tratamento ou vacina. O diretor-geral afirmou que o coronavírus é “uma ameaça sem precedentes”, mas também uma “oportunidade para solidariedade” entre pessoas e nações. Ele informou que já foram levantados mais de US$ 43 milhões para um fundo de solidariedade no combate à doença e que, se houver necessidade, países podem receber ajuda da OMS para garantir a capacidade de realizar testes.

Ao responder a uma questão sobre como o coronavírus afeta as crianças, a OMS afirmou que elas também são infectadas e podem desenvolver a doença, mas em geral com sintomas leves. Um estudo na China, contudo, mostrou que algumas das crianças desenvolveram sintomas “severos” e que uma delas morreu, advertiu a entidade.

Itamaraty diz acompanhar turistas brasileiros que tentam retornar ao País

O Itamaraty afirmou nesta quarta-feira, 18, que acompanha com atenção a situação de turistas brasileiros que enfrentam dificuldades para retornar ao País diante da crise pandêmica do novo coronavírus. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, são milhares de pessoas nessa situação após países de diferentes regiões decidirem restringir ou fechar por completo a circulação dentro e fora de seus territórios. Os principais pontos de atenção estão no Peru, Marrocos e Vietnã.

“O Itamaraty acompanha com atenção a situação de turistas brasileiros no Peru, Marrocos, Vietnã, entre outros países. Por meio das embaixadas, estão sendo feitas gestões junto a autoridades locais, para o pronto regresso de brasileiros”, disse o Itamaraty pelo Twitter.

“As embaixadas e repartições consulares do Brasil estão mobilizadas na assistência aos brasileiros que se encontrem no exterior e enfrentem dificuldades de regresso ao Brasil em função de restrições dos governos locais relacionadas ao coronavírus”, informou a pasta em outra publicação.

Como revelou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, as companhias aéreas Gol e TAM entraram em acordo hoje com o governo para transportar os quase 4 mil turistas brasileiros que estão presos no Peru. O país vizinho fechou as fronteiras para conter o avanço do coronavírus. As tratativas têm sido acompanhadas pela Embaixada do Brasil em Lima.

Aos brasileiros que estão no exterior, o Itamaraty recomenda que sigam as orientações das autoridades de saúde locais, além das medidas de prevenção e controle para a infecção do novo coronavírus.

 

Estadão Conteúdo

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