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Morre médico que alertou sobre coronavírus antes da epidemia; hospital nega

O médico foi hospitalizado em 12 de janeiro após contrair o vírus de um paciente. Foi confirmado que ele tinha a doença em 1º de fevereiro.

Redação Jornal de Brasília

06/02/2020 16h40

Foto: Reprodução/AFP

Li Wenliang, médico chinês que denunciou em público uma possível doença “semelhante a SARS” em dezembro de 2019, morreu de coronavírus em Wuhan nesta quinta-feira (6), de acordo com a CNN, citando a mídia chinesa. 

No entanto,  o hospital em que Li foi internado anunciou em uma rede social que o médico está  na UTI.  O post do canal estatal que divulgou sua morte foi deletado. E a Organização Mundial de Saúde (OMS), que havia publicado um post no Twitter em homenagem ao médico, não divulgou qual foi sua fonte.

O médico foi hospitalizado em 12 de janeiro após contrair o vírus de um paciente. Foi confirmado que ele tinha a doença em 1º de fevereiro.

Li Wenliang, de 34 anos, oftalmologista do Hospital Central de Wuhan, foi interrogado pelas autoridades sanitárias chinesas e mais tarde foi convocado pela polícia de sua cidade para assinar uma carta de reprimenda na qual ele foi acusado de “espalhar boatos online” e “perturbar gravemente a ordem social”.

Início da epidemia

Matéria do jornal The New York Times relembra o começo da epidemia: Uma doença misteriosa atingiu sete pacientes em um hospital, e um médico tentou alertar seus colegas de faculdade. “Em quarentena no departamento de emergência”, escreveu o médico Li Wenliang em um grupo de bate-papo on-line em 30 de dezembro, referindo-se aos pacientes.

“Muito assustador”, respondeu um dos integrantes do grupo, antes de perguntar sobre a epidemia que começou na China em 2002 e acabou matando quase 800 pessoas. “O SARS está voltando?”

No meio da noite, funcionários do órgão de saúde da cidade central de Wuhan chamaram o Dr. Li, exigindo saber por que ele havia compartilhado a informação. Três dias depois, a polícia o obrigou a assinar uma declaração de que seu aviso constituía “comportamento ilegal”.

A doença não era o SARS, mas algo semelhante: um coronavírus que está agora em uma marcha implacável para fora de Wuhan, matando pelo menos 304 pessoas na China e infectando mais de 14.380 em todo o mundo.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo 

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