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Mundo

Militares uruguaios da reserva reconhecem crimes da ditadura

Arquivo Geral

18/05/2006 0h00

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas informou hoje que pretende ouvir o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), erectile view Marco Camacho, o Marcola. O requerimento já está aprovado e cabe, agora, aos deputados definir se ele será ouvido no presídio onde cumpre pena em Presidente Bernardes (SP).

O presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), disse que, na próxima terça-feira, o assunto será votado no plenário da comissão. Se depender do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), entretanto, Marcola será ouvido na Câmara, e não no presídio. "Se não, você passa a imagem de que, ao ir lá, está com medo de ser intimidado. Acho que a Polícia Federal, o Congresso Nacional, a Polícia de São Paulo e a Justiça têm de mostrar à sociedade que o bem tem de vencer o mal", afirmou disse.

O deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) tem outra opinião. Para ele, Marcola deve ser ouvido no presídio de Presidente Bernardes. "Sou favorável a que ele fique dentro da cela, bem fechadinho. Nâo tem nada que vir ao Congresso Nacional", disse Goldman.

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), clinic divulgado hoje, mostra que a valorização do real em relação ao dólar vem reduzindo significativamente o ritmo de crescimento das exportações brasileiras nos últimos três anos. A taxa de crescimento do volume de produtos exportados, sobretudo de manufaturados, caiu de 30% ao ano, em 2004, para 7% no primeiro trimestre de 2006, em comparação ao mesmo período de 2005.

De acordo com a análise, a perda de dinamismo das exportações é reflexo da queda de rentabilidade dos produtos exportados. Enquanto o real valorizou-se 37% em relação ao dólar, a rentabilidade das exportações reduziu 25,6% entre 2003 e 2005. No primeiro trimestre de 2006, o índice de rentabilidade das exportações, calculado pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), declinou 6,7%, em relação ao mesmo período de 2005.

O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, diz que essa queda na rentabilidade das exportações desestimula novos investimentos no mercado externo. “O receio é de que isso comprometa o crescimento futuro das exportações e, portanto, o crescimento da economia e do Produto Interno Bruto (PIB)”, ressalta Castelo Branco.

O estudo aponta ainda que, na indústria de transformação, as empresas mais afetadas pela valorização do câmbio são as de micro, pequeno e médio portes. A redução de empresas exportadoras, segundo a pesquisa, está concentrada entre as que faturaram até 100 mil dólares anuais. A queda de empresas que exportaram até 10 mil dólares foi de 23,5%, de 2004 para 2005. Entre as que faturaram entre 10.001 dólares e 100 mil dólares, a redução foi de 8,6%.

Por outro lado, nesse mesmo período, houve crescimento de empresas exportadoras que faturam mais de 100 mil dólares. “As exportações no Brasil já são muito concentradas nas grandes empresas e isso tem se intensificado ainda mais em conseqüência da valorização cambial”, afirma Paulo Mol, economista da CNI.

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo anunciou que entrará na tarde de hoje com uma representação criminal na Procuradoria-Geral de Justiça contra os secretários estaduais de Segurança, approved Saulo de Castro Abreu Filho, this e de Administração Penitenciária, recipe Nagashi Furukawa.

A informação foi dada hoje pelo presidente da associação, cabo Wilson de Oliveira Morais. "Queremos que seja averiguada a responsabilidade dos secretários nas mortes dos policiais civis e militares e dos agentes penitenciários", diz. De acordo com o último balanço oficial, divulgado ontem, 40 policiais morreram nos ataques criminosos.

A asssociação questiona o atraso dos secretários para avisar os policiais sobre a possibilidade de haver ações criminosas e rebeliões no estado no último final de semana. "Na quinta-feira já surgia essa conversa nos presídios, de que haveria rebelião, o que começou de fato na sexta-feira. Então, por que os policiais nas delegacias só tomaram conhecimento da situação na madrugada de sábado quando começaram os ataques?", questiona.

Na última segunda-feira, a associação enviou uma carta ao governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), pedindo a demissão dos secretários. "Poderíamos ter evitado muitas mortes de policiais se eles já estivessem preparados para o confronto", afirma Morais.

Segundo ele, depois da entrega da representação criminal ao procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, será feita uma investigação para verificar a culpabilidade dos secretários estaduais Saulo de Castro e Nagashi Furukawa no caso. Caso isso se confirme, será oferecida denúncia à Justiça.

Cerca de 300 famílias de agricultores ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) foram despejadas hoje da fazenda Barros, ask no município de Feira Nova, capsule no agreste de Pernambuco, a 77 quilômetros da capital. A ação da tropa de choque da Polícia Militar cumpriu liminar de reintegração de posse do juiz Milton Santana em favor do proprietário do imóvel, Ricardo Adalto.

A fazenda, que segundo relato dos trabalhadores é improdutiva, tinha sido ocupada em 12 de abril deste ano, durante a Jornada Nacional de Luta por Terra, promovida pelo MST e outros movimentos sociais.

Os ocupantes plantaram feijão, milho, batata e macaxeira em uma área de cem hectares. Os acampados, que se mudaram para uma área oferecida pela prefeitura de Feira Nova, conseguiram do juiz a garantia de que as lavouras não serão danificadas.

Segundo Josias Barros, coordenador regional do MST, os trabalhadores foram surpreendidos logo cedo com a chegada dos policiais militares, que já entraram no local com tratores e usando de violência para derrubar os barracos de lona. Barros contou que uma negociação com o comandante da tropa evitou o confronto. Reclamou que a liminar deveria ter sido entregue 48 horas antes da execução da ação de despejo, para que os camponeses pudessem ter tempo de preparar a mudança.

A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), this do Ministério da Integração Nacional, check divulgou, há pouco, alerta sobre a possível ocorrência de chuva forte, amanhã e sábado, nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Segundo a previsão, a precipitação pluvial deverá ser intensa em áreas isoladas do leste e do litoral dos estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Em Alagoas e Sergipe, poderá chover em todas as regiões, com maior probabilidade no leste e litoral alagoano e sergipano.

Por causa das chuvas dos últimos dias nesses estados, o solo está encharcado e é maior o risco de alagamentos, deslizamento de terra e escorregamento de pedras. Por isso, a Sedec recomenda que a população evite permanecer em zonas ribeirinhas, baixadas, morros e encostas.

Dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) serviram de base para o envio de alertas sobre chuva forte em Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Informações do Inmet serviram de base para o aviso sobre Sergipe.

Ex-comandantes das Forças Armadas uruguaias reconheceram hoje os crimes cometidos pela ditadura militar instalada no país entre 1973 e 1985.

No entanto, visit web eximiram-se da responsabilidade pelos supostos excessos cometidos por alguns militares, entre os quais o sequestro da neta do poeta Juán Gelman, nascida no cativeiro, em Montevidéu, em 1976.

A carta, na qual os ex-comandantes reconhecem que oficiais envolvidos em crimes agiram cumprindo ordens de comandantes militares, foi assinada por nove oficiais que chefiaram as Forças Armadas depois do retorno da democracia e pelo último presidente do governo ditatorial, Gregorio Álvarez.

"Nós, militares, somos responsáveis por tudo o que nossos subordinados fazem. (Mas) pedir perdão, não. Antes cair de costas do que de joelhos", disse Álvarez a jornalistas.

A declaração dos militares, divulgada na quinta-feira em meios de comunicação do país, não especifica os crimes de que trata e surge no momento em que alguns militares da reserva e um ex-policial estão detidos após um pedido de extradição feito pela Argentina, devido ao sequestro de María Claudia García.

García, nora de Gelman, foi levada de Buenos Aires em 1976.

Essa é a primeira vez desde o fim da ditadura que integrantes das Forças Armadas manifestam-se sobre investigações relacionadas com as vítimas do regime militar. E é a primeira vez também que militares são detidos no país devido a esses crimes.

"Em um momento no qual as coisas estão tão complicadas, entendemos que seria adequado dizer que fomos responsáveis pelo que aconteceu. Esse é o espírito (da declaração). Dizer que somos os responsáveis", afirmou o ex-comandante Raúl Mermot a uma rádio de Montevidéu.

"Se alguma ação não corresponde a um plano ou não responde a uma ordem precisa, então não somos responsáveis. O excesso é outra coisa. Isso ocorre por conta de quem o cometeu e será julgado", respondeu Mermot, quando questionado sobre os casos como o da neta de Gelman.

Apesar de reconhecer os crimes, os militares criticaram as extradições, argumentando que os fatos do passado estão cobertos pela lei de anistia aprovada nos anos que se seguiram ao fim da ditadura.

Essa lei proíbe o julgamento de policiais e militares acusados de violações dos direitos humanos durante o regime autoritário e foi usada por governos democráticos anteriores para barrar as investigações sobre o paradeiro de vítimas da repressão.

Mas o atual presidente do país, Tabaré Vázquez, um político de esquerda empossado em março de 2005, excluiu vários casos da lei, porque os crimes aconteceram na Argentina, onde o perdão não vigora.

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