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Metralhadora controlada por satélite matou cientista nuclear iraniano, afirma subcomandante

A arma, colocada sobre uma caminhonete, “concentrou-se apenas no rosto do mártir Fakhrizadeh, sua mulher, que estava ao lado, não foi atingida

Redação Jornal de Brasília

07/12/2020 7h24

Uma metralhadora controlada por satélite, com ajuda de inteligência artificial, foi usada para matar um físico nuclear iraniano no fim de novembro, afirmou neste domingo o subcomandante em chefe dos Guardiões da Revolução à agência de notícias Mehr.

Mohsen Fakhrizadeh, morto em 27 de novembro durante um ataque com explosivos e armas de fogo, circulava por uma estrada com uma equipe de segurança composta por 11 Guardiões da Revolução, quando a metralhadora deu “zoom” em seu rosto e disparou 13 vezes, informou o contra-almirante Ali Fadavi, citado pela agência.

A arma, colocada sobre uma caminhonete, “concentrou-se apenas no rosto do mártir Fakhrizadeh, de tal forma que sua mulher, que estava a apenas 25 centímetros, não foi atingida por nenhum tiro”, assinalou a fonte.

A arma era “controlada pela internet” via satélite e usou uma “câmera sofisticada e inteligência artificial” para encontrar seu alvo, explicou Fadavi, segundo o qual o chefe da segurança do cientista levou quatro tiros “quando se jogou sobre ele” para protegê-lo. “Não havia nenhum terrorista no local.”

A agência Mehr e outros veículos locais não informaram se Fadavi deu conta da morte de outras pessoas no ataque. Autoridades iranianas acusaram Israel e os Mujahedines do Povo, grupo opositor proibido no Irã, pelo assassinato.

Várias versões foram divulgadas sobre a morte do cientista. O ministro da Defesa, Amir Hatami, indicou que o mesmo havia sido vítima de um ataque com explosivos e um tiroteio, enquanto a agência de notícias Fars afirmou, dias depois, sem citar fontes, que havia sido usada uma “metralhadora automática teleguiada” colocada sobre uma caminhonete.

© Agence France-Presse

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