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Máscara com válvula e viseira não impedem propagação de coronavírus; proteções mais simples são mais eficazes, aponta estudo

As autoridades de saúde desencorajaram o uso de máscaras N-95 com válvulas porque, embora protejam o usuário, espalham mais facilmente o ar contaminado exalado por uma pessoa

Redação Jornal de Brasília

01/09/2020 17h29

mascaras

Foto: Reprodução

Pessoas que usam viseiras de acrílico e máscaras com válvulas podem espalhar pequenas gotas invisíveis sobre uma grande área ao tossirem ou espirrarem, provando que tais dispositivos, usados sozinhos, são ineficazes na prevenção da propagação do novo coronavírus, de acordo com um experimento publicado nesta terça-feira.

Em um relatório no US Journal Physics of Fluids, pesquisadores da Florida Atlantic University usaram feixes de laser horizontais e verticais para observar como pequenas gotas de água destilada e glicerina se propagavam de uma cabeça de manequim equipada com uma viseira de plástica ou uma máscara com um respirador de válvula.

A viseira inicialmente bloqueia a passagem das gotas, mas “as gotas ejetadas podem se mover ao redor da viseira com relativa facilidade e se espalhar por uma grande área”, disseram os pesquisadores.

Enquanto isso, com a máscara com válvula, “um grande número de gotas passa pela válvula sem filtro, o que a torna ineficaz para impedir a propagação do vírus da covid-19 se a pessoa que usa a máscara estiver infectada”.

Os cientistas concluíram que, apesar do conforto que ambos os tipos de dispositivos oferecem, máscaras de tecido de qualidade e máscaras médicas de design mais simples são preferíveis no esforço de prevenir a propagação do vírus.

As autoridades de saúde desencorajaram o uso de máscaras N-95 com válvulas porque, embora protejam o usuário, espalham mais facilmente o ar contaminado exalado por uma pessoa.

© Agence France-Presse

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