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Lula, Chico Buarque e Mujica assinam manifesto contra a anexação da Cisjordânia por Israel

“Nós, que assinamos este documento, condenamos veementemente os planos do Estado de Israel de anexação de jure de partes da Cisjordânia na Palestina ocupada”, diz o documento

Redação Jornal de Brasília

02/07/2020 14h25

Former Brazilian president Luiz Inacio Lula da Silva gestures as he attends a rally of Paris Mayor Anne Hidalgo, as part of her campaign for the upcoming mayoral election in Paris, France, March 2, 2020. REUTERS/Charles Platiau

Mônica Bergamo
São Paulo, SP

Um manifesto contrário à anexação de parte da Cisjordânia por Israel publicado nesta quinta-feira (2) reuniu assinaturas de mais de 300 figuras públicas latino-americanas. Entre elas estão os ex-presidentes brasileiros Lula e Dilma Rousseff, o uruguaio Pepe Mujica, o paraguaio Fernando Lugo, o equatoriano Rafael Correa e o colombiano Ernesto Samper.

“Nós, que assinamos este documento, condenamos veementemente os planos do Estado de Israel de anexação de jure de partes da Cisjordânia na Palestina ocupada”, diz o documento, intitulado “Contra o Roubo do Século de Trump e Netanyahu – Sanções ao Apartheid Israelense”.

O governo de Israel havia prometido dar início na quarta (1º) a um plano de anexação de áreas da Cisjordânia. Mas, diante de forte pressão internacional, adiou o projeto. Membros do governo de Binyamin Netanyahu disseram que as propostas ainda estão sendo debatidas com Washington, que tenta mediar um controverso acordo regional.

As linhas gerais da proposta haviam sido divulgadas em janeiro, quando Netanyahu participou, na Casa Branca, do anúncio de um plano de paz entre Israel e Palestina. Mapas mostrados naquela ocasião apontavam a intenção de Israel de tomar cerca de 30% da Cisjordânia. Os palestinos teriam direito a faixas de território separadas, que seriam conectadas por estradas e túneis.

Articulado por representantes na África, Ásia e América Latina a partir de uma iniciativa da sociedade civil sul-africana, o manifesto pede o fim do comércio de armas e da cooperação na área militar e de segurança com Israel, além da proibição do comércio com assentamentos ilegais israelenses.

“Décadas de processos de negociação têm sido utilizadas como armas por sucessivos governos israelenses para aumentar e fortalecer o roubo de terras palestinas, forçar o deslocamento de comunidades e expandir os assentamentos ilegais”, diz o texto.

Entre representantes da classe artística, assinam o documento os cantores Chico Buarque e Caetano Veloso, o escritor Milton Hatoum e o músico uruguaio Leo Masliah.

Ao todo, 172 movimentos, organizações, coletivos, sindicatos e partidos políticos de países como México, Peru e Colômbia endossam o texto. No Brasil, são signatários mais de 60 parlamentares dos partidos PSOL, PT, PCdoB, PSB e PDT e 45 professores universitários.

As informações são da FolhaPress

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