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Ladrões invadem ‘Avião do Juízo Final’ de Vladimir Putin na Rússia

Os assaltantes levaram uma quantidade não divulgada de equipamentos de comunicação do avião, avaliada pela polícia em 1 milhão de rublos (R$ 70 mil)

Redação Jornal de Brasília

09/12/2020 16h21

Igor Gielow
São Paulo, SP

Um grupo de ladrões invadiu o “Avião do Juízo Final”, como é apelidada a aeronave especial de comando destinada a transportar Vladimir Putin e seus principais assessores em caso de uma guerra nuclear.

Os assaltantes levaram uma quantidade não divulgada de equipamentos de comunicação do avião, avaliada pela polícia em 1 milhão de rublos (R$ 70 mil).

Segundo disse nesta quarta (9) o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, o incidente foi uma “situação de emergência” que demanda “medidas para evitar que ocorra de novo no futuro”.

O furto dos equipamentos ocorrera na véspera, no pátio da estatal Beriev, que faz manutenção de aeronaves, na cidade de Taganrog (1.100 km ao sul de Moscou).

Segundo a mídia russa, 12 pessoas já foram presas e estão sendo interrogadas. A emissora REN-TV afirmou que o avião, um Iliuchin Il-80, estava em checagem de rotina nas instalações da Beriev.
O Il-80 foi desenvolvido pela União Soviética nos anos 1980, no auge da paranoia acerca de um ataque nuclear americano.

Em 1983, as então duas superpotências quase foram às vias de fato quando a liderança soviética confundiu um grande exercício de guerra atômica da Otan (aliança militar ocidental) com a preparação para um conflito real.

O Il-80, uma variante altamente modificada do avião civil Il-86, voou em 1987, mas só foi introduzido em 1992, logo depois do ocaso soviético. Foram construídos quatro deles.

Pintado de branco para refletir a energia térmica de uma explosão nuclear e sem janelas de passageiros, para protegê-los do clarão cegante do evento, os aviões têm em seu dorso um enorme sistema de comunicação por satélites.

Também possuem sonda para reabastecimento em voo, com provisões para ficar no ar vários dias. De lá, Putin e seu Estado-Maior militar podem conduzir uma guerra em caso de o país estar sob ataque, inclusive com uma gigantesca antena retrátil de 1,6 km, para controle de silos com mísseis balísticos intercontinentais.

Em 2016, a frota foi acrescida de um novo “Avião do Juízo Final” mais moderno, derivado do civil Il-96, mas que não foi batizado -o apelido parece ter caído no gosto do Kremlin.

Os Estados Unidos também operam quatro modelos semelhantes há mais tempo, desde 1973. Trata-se do Boeing E-4B, que tem exatamente a mesma função, sendo derivado de um dos primeiros modelos do lendário 747.

As informações são da Folhapress

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