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Mundo

Jornalista marroquina é condenada a prisão por sexo fora do casamento e suposto aborto

Diversos protestos pró-aborto aconteceram ao redor do Marrocos em apoio ao caso

Redação Jornal de Brasília

02/10/2019 8h18


Da redação
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Uma jornalista foi condenada a um ano de prisão nesta segunda-feira (30) em Rabat, no Marrocos, por ter feito sexo fora do casamento e, supostamente, um aborto. 

Hajar Raissouni, de 28 anos, e o noivo dela, Rifaat-al-Amin, que também foi condenado a um ano de prisão, negam ter feito o procedimento. 

O aborto e o sexo fora do casamento são ilegais no Marrocos, mas de acordo com o jornal The New York Times, as leis antiaborto do país são raramente aplicadas.

O médico acusado de fazer o aborto, Jamal Belkeziz, foi condenado a uma sentença de dois anos, mas também nega a acusação. Um segundo profissional e um assistente também foram considerados culpados de participação no procedimento. 

Além de negar ter feito o aborto, a jornalista também afirmou ser casada sob a lei islâmica.

O casal estava preso desde 31 de agosto, quando foi detido ao deixar o consultório de um ginecologista. O médico e o casal afirmam que Raissouni havia buscado tratamento após ter tido um coágulo sanguíneo. 

Antes da sentença de segunda-feira (30), a corte havia negado, duas vezes, pedidos para soltura temporária da jornalista. A detenção do casal levou uma onda de protestos pró-aborto ao redor do Marrocos. 

A Clooney Foundation for Justice, fundada pela advogada de direitos humanos Amal Clooney e o marido, George Clooney, monitorou o julgamento. A organização afirmou que a jornalista teve vários direitos violados e que, além disso, os exames de sangue apresentados como prova no caso não sustentava a afirmação do médico da polícia de que ela estava grávida.

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