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Mundo

Irã testa mísseis balísticos no Oceano Índico

As imagens também mostraram quatro drones não tripulados em forma de triângulo voando em uma estreita formação, colidindo com alvos e explodindo

Marcus Eduardo Pereira

16/01/2021 21h09

A Guarda Revolucionária do Irã conduziu um exercício neste sábado, lançando mísseis balísticos anti-navio de guerra contra um alvo simulado no Oceano Índico, informou a televisão estatal iraniana. Imagens mostraram dois mísseis atingindo um alvo descrito como “navios inimigos hostis hipotéticos” a uma distância de 1.800 quilômetros. O relatório não especifica o tipo de mísseis usado.

Na primeira fase do exercício, a divisão aeroespacial da Guarda havia lançado mísseis balísticos superfície-superfície e drones contra “bases inimigas hipotéticas”. A televisão estatal iraniana descreveu o exercício como ocorrendo no vasto deserto central do país, o último de uma série de exercícios instantâneos convocados em meio à escalada das tensões em torno de seu programa nuclear. As imagens também mostraram quatro drones não tripulados em forma de triângulo voando em uma estreita formação, colidindo com alvos e explodindo.

Neste sábado Alemanha, França e Reino Unido pressionaram o Irã a recuar ante a última violação planejada do acordo nuclear de 2015 com potências mundiais, dizendo que Teerã não tem “nenhum uso civil crível” para o urânio metálico.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse na quinta-feira que o Irã havia informado ter começado a instalar equipamentos para a produção de urânio metálico. Segundo o órgão, Teerã argumenta que os planos de conduzir pesquisa e desenvolvimento de urânio metálico são parte de seu “objetivo declarado de projetar um tipo melhor de combustível”. O urânio metálico também pode ser usado para produzir uma bomba nuclear, no entanto, e pesquisas sobre sua produção são expressamente proibidas pelo acordo nuclear – o denominado Plano de Ação Global Conjunto – que Teerã assinou com Alemanha, França, Reino Unido, China, Rússia e Estados Unidos em 2015. Os EUA posteriormente se retiraram do acordo, impondo sanções ao Irã.

Uma declaração conjunta dos ministérios das Relações Exteriores da Alemanha, França e Reino Unido disse que os países estão “profundamente preocupados” com o último anúncio iraniano. “O Irã não tem uso civil crível para o urânio metálico”, disse o documento. Segundo a agência, a produção de urânio metálico tem implicações militares “potencialmente graves”. “Instamos fortemente o Irã a interromper esta atividade e retornar ao cumprimento de seus compromissos sem mais demora, se falar sério sobre a preservação do acordo.”

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