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Mundo

Homem mascarado abre fogo contra manifestantes no Iraque e mata 18

Os disparos começaram quando os iraquianos tomaram as ruas pelo quinto dia seguido de manifestações

Lindauro Gomes

29/10/2019 9h38

Iraqi protesters run from tear gas fired by the security forces on al-Jumhuriya Bridge which leads to the Green Zone, hosting government offices and foreign embassies, during ongoing anti-government demonstrations on October 28, 2019 in Baghdad. – The Iraqi army announced it would impose an overnight curfew in the capital as students and schoolchildren joined spreading protests to demand an overhaul of the government. Swathes of Iraq have been engulfed by demonstrations over unemployment and corruption this month that have evolved into demands for regime change. (Photo by – / AFP)

Um homem mascarado abriu fogo nesta terça-feira, 29, contra manifestantes iraquianos na cidade sagrada xiita de Karbala, matando 18 pessoas e ferindo centenas, segundo as autoridades, em um dos ataques mais mortíferos do tipo desde o início dos protestos.

Os disparos começaram quando os iraquianos tomaram as ruas pelo quinto dia seguido de manifestações. Eles protestam contra a corrupção nos órgãos públicos iraquianos e a falta de serviços públicos, entre outras queixas.

Ainda não se sabe quem está por trás do ataque. Os manifestantes afirmaram que não sabem se o homem mascarado era da polícia de choque, das forças especiais ou membro de milícias ligadas ao Irã.

O líder da província, Nassif al-Khutabi, negou que qualquer manifestante tenha sido morto, acrescentando que três membros das forças de segurança ficaram feridos.

Movimento ganha força

O movimento, que exige a “queda do regime”, ganhou força na segunda-feira, 28, com a adesão de milhares de estudantes universitários e do ensino médio, que tomaram as ruas de Bagdá e de várias cidades do sul do país.

As autoridades anunciaram um toque de recolher de 0h às 6h, o qual os manifestantes desafiaram com buzinas e músicas reproduzidas em alto-falantes espalhados por toda a capital.

Desde segunda-feira, sindicatos de professores, advogados e dentistas anunciaram paralisações e greves por tempo indeterminado. Além disso, as administrações de várias províncias do sul estavam bloqueadas por grevistas.

Desde o início dos protestos, no dia 1.º de outubro, 240 pessoas morreram e mais de 8 mil ficaram feridas, de acordo com um balanço oficial. Em Bagdá, milhares de manifestantes caminhavam em direção a Praça Tahrir nesta terça-feira, um espaço ocupado desde quinta-feira passada. (Com agências internacionais).

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