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Há 55% de chance de governo da Itália ser reformulado, diz Eurásia

A Eurasia considera 15% de chance de mudança do primeiro-ministro, que seria um novo nome apoiado pela mesma coalizão de partidos

Redação Jornal de Brasília

06/01/2021 13h08

Italian soldiers patrol by a check-point at the entrance of the small town of Vo Euganeo, situated in the red zone of the COVID-19 the novel coronavirus outbreak, northern Italy, on February 24, 2020. – Italy, the country with the most confirmed cases in Europe, reports its fifth death and the number of people contracting the disease continues to mount, with 219 people now testing positive. (Photo by MARCO SABADIN / AFP)

A Eurasia estima 55% de chance de o governo da Itália ser reformulado nos próximos dias. As tensões internas da coalização governante do país podem provocar uma remodelagem do gabinete do primeiro-ministro Giuseppe Conte, que deverá se manter no cargo, segundo avaliação da consultoria. Este cenário é visto como o mais provável (40%) decorrente da constante pressão do ex-premiê, agora senador, Matteo Renzi sobre Conte. Entretanto, a Eurasia considera 15% de chance de mudança do primeiro-ministro, que seria um novo nome apoiado pela mesma coalizão de partidos.

A pressão sobre Conte se intensificou no último trimestre de 2020, com a condução da segunda onda da covid-19 sofrendo críticas. Renzi acusou o premiê de tentar tomar os poderes de governança para os próximos gastos do Fundo de Recuperação da União Europeia, excluindo os partidos coligados, inclusive o Itália Viva de Renzi. Uma nova reunião de gabinete está marcada para quinta-feira, com previsão de aprovação de um Plano de Recuperação revisado e de uma nova estrutura de governança.

A Eurasia considera que a manutenção da atual coalizão de partidos governistas pode se manter, mas com a retirada de Conte do cargo de primeiro-ministro, em cenário com probabilidade de 15%. Esta projeção se confirmaria caso os confrontos envolvendo o Fundo de Recuperação não se resolvam, e uma crise maior for gerada.

O conflito pode se resolver de formas menos prováveis, segundo a Eurasia, como por meio de uma coalizão mais ampla liderada por um governo de inclinação “tecnocrática”. Na prática, diz a consultoria, essas possíveis mudanças não devem alterar fundamentalmente a perspectiva de políticas adotadas pela Itália

A saída do Italia Viva da coalização governista para a formação de uma coalizão ampla de direita configura um último cenário ainda menos provável, segundo a Eurásia. A convocação de eleições instantâneas também não deve ocorrer, uma vez que organizar o pleito em meio à pandemia seria um desafio, afirma a consultoria, principalmente considerando o adiamento das eleições regionais da Calábria e dos pleitos municipais.

Estadão Conteúdo

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