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Governo iraniano teria 13 possíveis alvos para atacar as tropas norte-americanas

Segundo Ali Shamkhani, secretário do Conselho de Segurança Nacional do Irã, mesmo as opções “mais limitadas” seriam um “pesadelo histórico” para os EUA

Redação Jornal de Brasília

07/01/2020 23h45

Iranians burn an Israeli and a US flag during an anti-US protest over the killings during a US air stike of Iranian military commander Qasem Soleimani and Iraqi paramilitary chief Abu Mahdi al-Muhandis, in the capital Tehran on January 4, 2020. (Photo by ATTA KENARE / AFP)

Antes do ataque às bases, a agência de notícias iraniana Tasnim havia informado que as forças militares do Irã estavam preparadas para usar mísseis de médio e longo alcances para atacar bases americanas no Oriente Médio. O governo em Teerã teria “13 cenários” possíveis para responder à morte de Suleimani, assassinado na semana passada em um ataque com drone ordenado pelos EUA.

Segundo Ali Shamkhani, secretário do Conselho de Segurança Nacional do Irã, mesmo as opções “mais limitadas” seriam um “pesadelo histórico” para os EUA, informou a agência. “As 27 bases americanas mais próximas da fronteira do Irã já estão em alerta. Eles sabem que é provável que a resposta inclua mísseis de médio e longo alcances”, afirmou Shamkhani. “Eu posso apenas prometer que a vingança não deverá acontecer em apenas uma operação.”

As bases dos EUA no Kuwait, Iraque, Jordânia e Arábia Saudita já estão em vigilância máxima. Irã e milícias pró-iranianas do Iraque farão uma reunião para decidir qual será a estratégia adotada contra os EUA.

Nesta terça-feira, durante o funeral de Suleimani, o general Hossein Salami, seu substituto à frente da Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária, afirmou que o Exército iraniano incendiaria os lugares que os americanos amam. “Vamos nos vingar. Vamos incendiar os lugares que eles (os EUA) mais apreciam”, disse Salami. “Será uma vingança dura, forte, decisiva e final, que fará com que eles se arrependam.”

Outros militares iranianos também discursaram durante a cerimônia fúnebre de Suleimani – antes dos ataques às bases no Iraque – e garantiram que os mísseis do Irã poderiam atingir qualquer alvo dos EUA que estivesse a até 5 mil quilômetros.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamed Javad Zarif, afirmou que a resposta iraniana aos EUA seria “proporcional” ao ataque sofrido pelo país. “Este (a morte de Suleimani) é um ato de agressão contra o Irã, um ataque armado, e nós responderemos. Mas responderemos proporcionalmente e não desproporcionalmente. Não somos sem lei, como o presidente (dos EUA, Donald) Trump”, disse Zarif.

Após as informações do ataque, autoridades iranianas publicaram imagens da bandeira do Irã no Twitter. Um deles foi o líder das negociações nucleares do Irã Saeed Jalili, que publicou apenas a imagem da bandeira. (Com agências internacionais)

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