Um homem foi executado por injeção letal nos Estados Unidos, após ter sido condenado pelo assassinado de sete pessoas. Corey Johnson foi declarado morto às 23h34 (horário local) dessa quinta-feira (14). Ele possuía deficiência intelectual e havia sido contaminado pela Covid-19, enquanto aguardava no corredor da morte.
Johnson foi morto no Complexo Correcional Federal em Terre Haute, Indiana. Ele foi sentenciado à morte depois de ser condenado por matar sete pessoas em 1992. Na época, ele atuava com o tráfico de drogas na Virgínia. Semanas antes de sua execução, ele contraiu a Covid-19.
Na noite de quinta-feira (14), a Suprema Corte dos Estados Unidos negou um pedido da equipe jurídica do acusado. Os advogados enfatizaram a deficiência intelectual de Johnson e seu diagnóstico de Covid-19, argumentando que sua infecção combinada com uma injeção letal equivaleria a uma punição cruel e incomum.
A defesa afirmou ainda que o condenado mal conseguia ler ou escrever e possuía um QI dentro do limite de 70-75 pontos, valor usado pelos tribunais para determinar “retardo mental”. De acordo com a Lei Federal de Pena de Morte, pessoas com esse diagnóstico não podem ser executadas.
Em sua suas últimas palavras, Johnson se desculpou por seus crimes e disse às famílias das vítimas que esperava que elas encontrassem paz.
Ele também agradeceu aos funcionários da prisão, ao capelão da prisão, ao seu ministro e à sua equipe jurídica.
“Não sou o mesmo homem que era”, escreveu Johnson na declaração. “Estou bem. Estou em paz”, afirmou Johnson.
Em seguida, ele olhou para a sala destinada à sua família e disse: “Amo vocês”.
Após a execução, foi possível ouvir aplausos da sala reservada para os parentes das vítimas.
A pena de morte tem sido alvo de diversas discussões no parlamento dos Estados Unidos. A sentença de Johnson foi a 12ª e penúltima execução federal do governo de Donald Trump, que retomou a prática no ano passado, após 17 anos, e durante a pandemia.
Desde então, agentes penitenciários, diversos presos sentenciados à morte e seus advogados contraíram a Covid-19. O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, promete que irá trabalhar para abolir a pena de morte no país.