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Governo dos EUA executa condenado com deficiência intelectual e Covid-19

Foi a 12ª e penúltima execução federal do governo de Donald Trump. Joe Biden promete que irá trabalhar para abolir a pena de morte no país

Redação Jornal de Brasília

15/01/2021 10h40

Um homem foi executado por injeção letal nos Estados Unidos, após ter sido condenado pelo assassinado de sete pessoas. Corey Johnson foi declarado morto às 23h34 (horário local) dessa quinta-feira (14). Ele possuía deficiência intelectual e havia sido contaminado pela Covid-19, enquanto aguardava no corredor da morte.

Johnson foi morto no Complexo Correcional Federal em Terre Haute, Indiana. Ele foi sentenciado à morte depois de ser condenado por matar sete pessoas em 1992. Na época, ele atuava com o tráfico de drogas na Virgínia. Semanas antes de sua execução, ele contraiu a Covid-19.

Na noite de quinta-feira (14), a Suprema Corte dos Estados Unidos negou um pedido da equipe jurídica do acusado. Os advogados enfatizaram a deficiência intelectual de Johnson e seu diagnóstico de Covid-19, argumentando que sua infecção combinada com uma injeção letal equivaleria a uma punição cruel e incomum.

A defesa afirmou ainda que o condenado mal conseguia ler ou escrever e possuía um QI dentro do limite de 70-75 pontos, valor usado pelos tribunais para determinar “retardo mental”. De acordo com a Lei Federal de Pena de Morte, pessoas com esse diagnóstico não podem ser executadas.

Em sua suas últimas palavras, Johnson se desculpou por seus crimes e disse às famílias das vítimas que esperava que elas encontrassem paz.

Ele também agradeceu aos funcionários da prisão, ao capelão da prisão, ao seu ministro e à sua equipe jurídica.

“Não sou o mesmo homem que era”, escreveu Johnson na declaração. “Estou bem. Estou em paz”, afirmou Johnson.

Em seguida, ele olhou para a sala destinada à sua família e disse: “Amo vocês”.

Após a execução, foi possível ouvir aplausos da sala reservada para os parentes das vítimas.

A pena de morte tem sido alvo de diversas discussões no parlamento dos Estados Unidos. A sentença de Johnson foi a 12ª e penúltima execução federal do governo de Donald Trump, que retomou a prática no ano passado, após 17 anos, e durante a pandemia.

Desde então, agentes penitenciários, diversos presos sentenciados à morte e seus advogados contraíram a Covid-19. O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, promete que irá trabalhar para abolir a pena de morte no país.

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