Durante as últimas semanas, os países europeus tentaram retardar a propagação de uma segunda onda de infecções por coronavírus por meio de restrições específicas e localizadas, destinadas a evitar os bloqueios nacionais impostos na primavera no hemisfério norte. Mas com o mundo registrando um novo número recorde de mais de 500 mil novos casos de coronavírus e mais de 7 mil mortos, as medidas surtiram pouco efeito.
Durante as últimas semanas, os países europeus tentaram retardar a propagação de uma segunda onda de infecções por coronavírus por meio de restrições específicas e localizadas, destinadas a evitar os bloqueios nacionais impostos na primavera no hemisfério norte. Mas com o mundo registrando um novo número recorde de mais de 500 mil novos casos de coronavírus e mais de 7 mil mortos, as medidas surtiram pouco efeito.
Com países como França, Itália e Reino Unido relatando o maior número de mortes em meses, e a Alemanha enfrentando casos crescentes nesta semana, as autoridades agora estão lutando para reimpor medidas drásticas para conter o aumento de infecções e hospitalizações que podem resultar em mais mortes do que durante a primeira onda da pandemia.
A Alemanha decidiu impor as restrições mais duras desde um “lockdown” ocorrido durante a primavera no hemisfério norte. O acordo para impor uma paralisação parcial de um mês foi acertado pela chanceler Angela Merkel depois de conversas com líderes dos 16 estados do país, afirmou a Bloomberg.
Os detalhes serão divulgados nesta quarta-feira, 28, quando Merkel vai falar à imprensa. A proposta de Merkel pede o fechamento de bares, restaurantes e instalações de lazer para conter o surto de infecções por coronavírus.
Ela também pedirá aos cidadãos que mantenham os contatos sociais a um mínimo absoluto e evitem todas as viagens não essenciais.
O plano, rotulado de “luz de lockdown” pela mídia alemã, entraria em vigor na próxima semana e duraria até novembro.
De acordo com a proposta, as regras, que como as da França seriam menos rígidas do que as impostas em março, teriam como objetivo limitar o número de infecções até o Natal para que amigos e familiares pudessem se encontrar novamente.
“Sabemos como nos proteger”, disse Merkel na terça-feira, alertando que, sem agir de acordo, “acabamos voltando a situações extremamente difíceis”.
Após relatar 523 mortes na terça-feira, 27, o maior número do país desde o final de abril, a França prepara, nesta quarta-feira, restrições mais rígidas ao coronavírus antes de um discurso do presidente Emmanuel Macron. As medidas podem variar de um toque de recolher noturno ou final de semana prolongado a um lockdown de semanas.
Países europeus tentam conter segunda onda
Durante semanas, os países europeus tentaram retardar a propagação de uma segunda onda de infecções por coronavírus por meio de restrições específicas e localizadas, destinadas a evitar os lockdowns nacionais impostos na primavera do hemisfério norte.
Frédéric Valletoux, presidente da Federação Francesa de Hospitais, disse na quarta-feira que os hospitais estavam em uma situação muito mais precária do que no segundo trimestre, com a equipe esgotada desde a primeira onda, menos margem de manobra para adiar tratamentos ou cirurgias para abrir espaço para pacientes da covid-19 e outras epidemias como a gripe que vem com o inverno.
“Os hospitais não vão aguentar se não tomarmos medidas drásticas”, disse Valletoux.
Os números crescentes relatados em toda a Europa nesta semana sugerem que os esforços para evitar lockdowns nacionais fizeram pouco para conter a propagação da pandemia.
No Reino Unido, que relatou 367 mortes na terça-feira, o primeiro-ministro Boris Johnson enfrentou apelos por um novo lockdown nacional, já que o órgão consultivo do governo, conhecido como SAGE, o alertou que a segunda onda poderia ser mais mortal do que a primeira, de acordo com o The Telegraph.
Com mais de 61.000 mortes por coronavírus, a Grã-Bretanha foi o país mais atingido na Europa, com um aumento de mortes em excesso que não atingiu os picos vistos na Itália ou na Espanha, mas que durou mais.
A Espanha também cogita um novo lockdown nacional, com o País Basco fechando as fronteiras da região e as autoridades regionais em Madri considerando uma medida semelhante. Na região alemã da Baviera, as autoridades colocaram dois distritos sob lockdown estrito e, na Itália, um toque de recolher para bares e restaurantes e o fechamento de academias públicas, cinemas e piscinas levaram a protestos contra o lockdown.
Na França, os líderes empresariais expressaram temor de que um novo lockdown seja fatal para muitas empresas, mas médicos e especialistas médicos dizem que é necessário.
A União Europeia pediu na quarta-feira por testes aprimorados e por uma melhor coordenação do que tem sido uma colcha de retalhos de medidas díspares em seus países membros.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo