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EUA fazem acordo para comprar 100 milhões de doses de possível vacina contra o coronavírus

Os laboratórios não receberão o dinheiro até que a vacina seja aprovada nos testes clínicos, que devem envolver até 30 mil pessoas e devem começar até o final de julho

Redação Jornal de Brasília

22/07/2020 17h29

Rafael Balago
São Paulo, SP

Os Estados Unidos fecharam um acordo para pagar US$ 1,95 bilhão (R$ 9,97 bi) por futuras 100 milhões de doses de uma potencial vacina contra o coronavírus, que está sendo desenvolvida pelo laboratórios Pfizer e Biontech, anunciaram ambas as empresas nesta quarta-feira (22).

“O governo dos EUA fez um pedido inicial de 100 milhões de doses e pode comprar até 500 milhões de doses adicionais”, afirmaram as duas empresas. A Pfizer é americana e a Biontech, alemã.

Os laboratórios não receberão o dinheiro até que a vacina seja aprovada nos testes clínicos, que devem envolver até 30 mil pessoas e devem começar até o final de julho.

Assim, a aprovação poderia ser obtida em outubro, caso os testes finais sejam bem-sucedidos. Só depois disso seria feita a entrega.

O objetivo dos laboratórios é fabricar 100 milhões de doses antes do fim de 2020 e provavelmente mais de 1,3 bilhão de unidades até o fim de 2021.

Não está claro se os Estados Unidos receberão todas as primeiras doses a serem fabricadas nem se a produção total poderá ser ampliada até o fim do ano.

Na segunda-feira (20), o governo britânico anunciou um acordo para reservar 30 milhões de doses desta mesma vacina, mas não revelou o total a ser pago.

A vacina precisa ser aplicada em duas doses. Assim, o lote de 100 milhões permitiria imunizar 50 milhões de pessoas, o que equivale a um sexto do total de habitantes dos EUA (328 milhões).

O acordo indica o preço de US$ 39 (R$ 200) por duas doses. O custo seria pago pelos planos de saúde e pela rede pública, segundo o governo.

Essa é uma das iniciativas mais avançadas entre as 150 vacinas que estão sendo desenvolvidas contra a Covid-19 pelo mundo.

Ela utilliza um mensageiro químico de RNA (mRNA) para instruir as células a produzir proteínas que imitam aquelas encontradas na superfície do coronavírus, o que leva o sistema imunológico a reconhecê-las como um inimigo e a se preparar para se defender, criando anticorpos.

Esses anticorpos serão úteis para conter uma invasão real do coronavírus, tornando a pessoa imune a ele.

No entanto, embora a tecnologia mRNA seja conhecida há alguns anos, até hoje nenhuma vacina que a utilize foi aprovada.

As informações são da FolhaPress

 

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