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‘EUA continuam comprometidos a impedir a escalada de conflitos’, diz Pompeo

“Sou grato por nossos aliados reconhecerem as ameaças agressivas contínuas colocadas pela Força Iraniana Quds”, pontuou secretário de Estado americano

Redação Jornal de Brasília

03/01/2020 12h20

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que os Estados Unidos continuam comprometidos com impedir a escala de conflitos. A declaração, feita no Twitter, vem após Washington ter realizado um ataque no Iraque que resultou na morte do general Qassem Soleimani, comandante das Forças Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã.

Pompeo afirmou ter conversado com o chinês Yang Jiechi, membro do Politburo, comitê executivo do Partido Comunista, sobre a decisão do presidente Donald Trump de lançar o ataque, e afirmou ter reiterado o comprometimento de Washington com evitar a escala das tensões. Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, afirmou que o país está “altamente preocupado” com a ação dos EUA.

O secretário de Estado americano também acrescentou ter falado com o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab. “Sou grato por nossos aliados reconhecerem as ameaças agressivas contínuas colocadas pela Força Iraniana Quds”, pontuou.

Trump

O presidente americano, Donald Trump, afirmou na manhã desta sexta-feira, 2, no Twitter que o Irã “nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação”. Ele não deu mais detalhes. (Com agências internacionais).

Iranianos vão às ruas protestar após assassinato do general Soleimani

Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Teerã nesta sexta-feira, 3, para protestar contra os “crimes” dos Estados Unidos, após o país ter reivindicado a autoria dos bombardeios que mataram o general Qassem Soleimani, em um aeroporto de Bagdá (Iraque). Nas fotos, é possível ver iranianos queimando as bandeiras dos EUA e de Israel.

Com frases como “Morte aos Estados Unidos” e cartazes com a foto do general, os manifestantes lotaram as ruas ao longo de vários quarteirões no centro da capital iraniana depois das orações desta sexta. Mais cedo, o presidente, o ministro das Relações Exteriores e o Líder Supremo do Irã deram declarações de pesar e ameaças contra os EUA. O bombardeio foi classificado como um “ato de terrorismo” e “violação à soberania” do País.

“Sem dúvida, o Irã e outros países que buscam a liberdade na região, se vingarão”, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani.

Enquanto isso, o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou: “todos os inimigos devem saber que a resistência jihad continuará com uma motivação dobrada, e uma vitória definitiva dos combatentes na guerra santa ainda é esperada”.

Na manhã desta sexta, Khamenei anunciou que o brigadeiro-general Esmail Ghaan ocupará o posto deixado por Soleimani e que a Guarda irá permanecer “inalterada”. Até o momento, ele era vice-comandante da força Al-Qods, responsável pelas operações estrangeiras do Irã. (Com agências internacionais).

 

Estadão Conteúdo

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