Menu
Mundo

Estudos reforçam importância de isolamento para combater coronavírus

Foi possível comprovar que há pico de produção do vírus no organismo nos primeiros cinco dias de sintomas

Redação Jornal de Brasília

02/04/2020 10h30

A medical worker wears protective goggles as she prepares to measure motorists’ body temperatures at the Slovenian-Italian border crossing near Nova Gorica, on March 11, 2020, after Slovenia’s government announced it would close its border with Italy, hard hit by the outbreak of COVID-19, the new coronavirus. – Italy’s neighbours Austria and Slovenia announced on March 10 Tuesday strict travel restrictions and other measures in the wake of similar moves by Rome to limit the spread of the new coronavirus. (Photo by Jure Makovec / AFP)

Um estudo científico realizado na Alemanha comprovou que a fase de maior contágio do novo coronavírus é logo no início, quando os sintomas são brandos. O estudo foi coordenado por Christian Drosten, do Charité Universitätsmedizin Berlin, um dos mais importantes hospitais universitários da Europa.

Os profissionais monitoraram vários pacientes infectados com a Covid-19. O estudo começou no fim de janeiro de 2020. Todos os doentes foram acompanhados no mesmo hospital. Uma quantidade considerável dos pacientes manifestou sintomas considerados leves: febre, tosse, dor de cabeça e, mais raramente, sinusite e diarreia. Um deles não manifestou qualquer sintoma e dois manifestaram pneumonia. 

Os cientistas monitoraram regularmente a presença de material genético do vírus, de vírus inteiros e de anticorpos produzidos pelo organismo dos pacientes para tentar neutralizar o invasor. O monitoramento foi feito através da extração de amostras de secreções dos pacientes. 

A partir de testes, foi possível comprovar que há um pico de produção do vírus no organismo nos primeiros cinco dias de sintomas, com uma concentração do parasita nas vias respiratórias superiores. A medida que a doença avançava, a capacidade de contágio diminuía. Apenas após oito dias de sintomas a presença do vírus decaiu nos pacientes testados.

Os cientistas também monitoraram os processos de mutação do vírus. O parasita estava se multiplicando intensamente nas vias respiratórias superiores. Acredita-se que é nesse local onde ocorre maior parte dos processos de multiplicação. As alterações genéticas acabam ocorrendo a partir da proliferação do vírus.

Os profissionais não detectaram o Sars-CoV-2 no sangue e na urina dos pacientes alemães, e as fezes, embora contivessem grandes quantidades de material genético viral, não abrigavam a forma do vírus com capacidade de replicação.

As informações reforçam a importância do isolamento e também serão utilizadas para auxiliar no desenvolvimento de vacinas. A partir dos estudos, foi possível perceber uma correlação entre a quantidade de anticorpos e de vírus no organismo dos pacientes. Os anticorpos levaram a uma diminuição lenta e constante do Sars-CoV-2.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado