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Mundo

Enviados da Coreia do Norte vão à Suécia negociar com EUA

As negociações devem começar ainda esta semana, mas nenhuma das partes confirmou o local

Lindauro Gomes

03/10/2019 10h40

Um importante negociador norte-coreano partiu para a Suécia nesta quinta-feira (3) para organizar as negociações sobre o plano nuclear de Pyongyang com os Estados Unidos – informou a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul.

Kim Myong-gil deixou Pequim em um voo para Estocolmo com outras três autoridades norte-coreanas depois de chegar à capital chinesa da Coreia do Norte no início do dia, acrescentou a Yonhap.

Os Estados Unidos disseram na terça-feira (1º) que retomariam as negociações sobre a questão nuclear com a Coreia do Norte nos próximos dias, relançando o processo diplomático oito meses depois do fracasso da cúpula de Hanói.

As negociações entre Pyongyang e Washington estão paradas desde o fiasco da segunda cúpula, realizada em fevereiro em Hanói, entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump.

Os dois líderes se encontraram novamente em junho, na Zona Desmilitarizada (DMZ). Esta região separa as duas Coreias desde o final da guerra (1950-53).

Neste breve encontro, ambos concordaram em retomar o diálogo sobre o programa nuclear de Pyongyang, um pouco mais de um ano após a primeira cúpula Trump-Kim em Singapura.

Até esta data, porém, as discussões não foram retomadas.

Pyongyang não escondeu sua decepção com a recusa dos Estados Unidos a cancelarem suas manobras militares com Seul.

As relações melhoraram quando o então conselheiro de Segurança Nacional de Trump, John Bolton, conhecido por seu tom severo em relação à Coreia do Norte, deixou o governo.

Na questão norte-coreana, este “falcão” detestado por Pyongyang havia defendido um “modelo líbio”.

Nesse modelo, em troca da suspensão das sanções, a Coreia do Norte deveria abandonar todas as suas bombas nucleares e seus mísseis.

Especialistas disseram que a demissão de Bolton pode ter contribuído para a decisão norte-coreana de dialogar.

Enquanto isso, Trump continua elogiando sua “amizade” com o líder norte-coreano, em quem diz “confiar”.

Agence France-Presse

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