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Empresa israelense quer oferecer cura do câncer em um ano

O método já tem até nome: MuTaTo (multi-target toxin, ou toxina de múltiplos alvos). Segundo responsáveis, tratamento oferece pouquíssimos efeitos colaterais

Redação Jornal de Brasília

29/12/2019 7h00

Uma empresa israelense acredita que pode oferecer a cura completa para o câncer. A startup Accelerated Evolution Biotechnologies (AEBI) criou um método chamado MuTaTo (multi-target toxin, ou toxina de múltiplos alvos) e quer colocá-lo em prática em 2020.

O presidente do conselho da AEBI, Dan Aridor, afirma ao jornal Jersulalem Post que o tratamento oferece  “nenhum ou quase nenhum efeito colateral”. O empresário diz também que o custo será “muito inferior do que a maioria dos tratamentos disponíveis”.

O tempo de tratamento também seria consideravelmente curto: apenas algumas semanas, segundo Aridor.

Como funciona?

Como explica o empresário, a técnica MuTaTo usa uma tecnologia chamada SoAP. Ela parte das técnicas de exibição de fagos (phages display), na qual um vírus que infecta uma bactéria pode ser utilizado para desenvolver novas proteínas. O trabalho realizado é similar, mas usa, na verdade, peptídeos. De acordo com Ilan Morad, fundador e CEO da startup, peptídeos são mais baratos, menores e têm produção e controle mais simples.

Para Morad, técnicas de cura de câncer em desenvolvimento falham pois miram alvos específicos. A MuTaTo faz exatamente o contrário, usa uma combinação de diversos peptídeos que ataca diversas células cancerígenas ao mesmo tempo. Usar pelo menos três peptídeos na mesma estrutura, diz Morad, “garante que o tratamento não será afetado por mutações”.

O CEO compara o tratamento MuTaTo com o coquetel para a Aids. “Costumávamos dar diversas drogas [aos pacientes], mas uma de cada vez. Durante o tratamento, o vírus sofria mutações e a Aids atacava novamente. Somente quando pacientes começaram a tomar o coquetel, foi possível parar a doença.”

Hoje, pacientes diagnosticados com o vírus HIV o carregam, mas não estão doentes. Segundo Morad, a MuTaTo agiria ainda mais eficazmente, matando as  células cancerígenas e dispensando o uso de medicamentos pelo resto da vida.

De acordo com Morad, os experimentos com ratos carregando células cancerígenas humanas mostraram sucesso. Agora, a startup deve começar testes clínicos. O objetivo é oferecer tratamentos específicos para diversos casos de câncer.

Com informações da Revista PEGN

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