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Em discurso na Assembleia Geral, Trump diz que ONU deve responsabilizar China pela pandemia

Em uma mensagem gravada, Trump acusou Pequim de permitir que a doença “deixasse a China e infectasse o mundo”.

Redação Jornal de Brasília

22/09/2020 11h56

O presidente americano, Donald Trump, atacou a China nesta terça-feira (22) em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, afirmando que o país deve ser responsabilizado pelas Nações Unidas pela pandemia de coronavírus —que ele voltou a chamar de “vírus chinês“.

Em uma mensagem gravada, Trump acusou Pequim de permitir que a doença “deixasse a China e infectasse o mundo”.

“Nós temos que responsabilizar a nação que espalhou essa praga pelo mundo: China”, disse, acrescentando que no começo da epidemia o país asiático fez um lockdown e parou de receber viajantes internacionais, mas permitiu que voos deixassem o país.

“O governo chinês e a Organização Mundial da Saúde –que é virtualmente controlada pela China– declararam falsamente que não havia evidências de transmissão de humano para humano”, continuou.

“Depois, eles falsamente disseram que pessoas sem sintomas não disseminariam a doença. As Nações Unidas devem responsabilizar a China por suas ações”, continuou.

Trump foi o segundo a fazer o pronunciamento, logo após o brasileiro Jair Bolsonaro, que abriu o evento —tradicionalmente, o chefe de Estado brasileiro é o primeiro a falar na conferência.

O presidente americano também criticou a China por ter cometido “abusos comerciais” em seu país e pelo impacto que gera no meio ambiente, citando a contaminação de oceanos com plástico e emissão de mercúrio na atmosfera. Segundo Trump, aqueles que atacam os Estados Unidos por seu impacto ambiental e ignoram a poluição produzida pela China “só querem punir os EUA”.

Apesar de os EUA serem o país com mais casos de Covid-19 no mundo, Trump exaltou a forma como seu governo combateu a pandemia –com a produção de ventiladores, tratamentos que reduziram a taxa de mortalidade da doença e a pesquisa em fase final de três vacinas. “Nós vamos distribuir a vacina, vamos derrotar o vírus, vamos acabar com a pandemia e vamos entrar em uma nova era de prosperidade, cooperação e paz sem precedentes”, afirmou.

Crítico frequente da ONU, ele afirmou que a organização, para ser eficaz, deve focar “nos problemas reais do mundo” como “terrorismo, a opressão às mulheres, trabalho escravo, tráfico de drogas, tráfico sexual e humano, perseguição religiosa e a limpeza étnica de minorias religiosas”. Em seguida, disse que os EUA “continuarão sendo líderes na defesa dos direitos humanos”.

A Assembleia Geral é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que os representantes dos 193 países-membros da organização se reúnem para discutir assuntos que afetam as comunidades internacionais, e todos têm direito a voto.

Neste ano, os líderes concordaram em enviar vídeos com seus pronunciamentos em vez de se reunir presencialmente na sede das Nações Unidas, em Nova York, como forma de evitar os riscos de propagação do coronavírus.

Além de Trump e Bolsonaro, discursam nesta terça outros 30 chefes de Estado. Os discursos continuarão ainda na quarta (23).

Também figuram entre os mais esperados os discursos do dirigente chinês, Xi Jinping, e do líder iraniano, Hassan Rowhani, devido à escalada das tensões entre os dois países e os Estados Unidos.

As informações são da FolhaPress

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