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Em discurso como presidente, Biden pede união nacional e alerta para a covid-19

Ele pediu um minuto de silêncio pelas vítimas e disse que os EUA estão entrando, provavelmente, na fase mais mortal da pandemia

Redação Jornal de Brasília

20/01/2021 15h07

US President-elect Joe Biden speaks at the Queen Theater on January 6, 2021, in Wilmington, Delaware. – US Vice President Mike Pence, in defiance of President Donald Trump, said Wednesday that he will not intervene to stop the certification by Congress of Democrat Joe Biden’s election victory. (Photo by JIM WATSON / AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez no período da tarde desta quarta-feira, 20, seu primeiro discurso como líder da Casa Branca, após ser empossado em cerimônia no Capitólio. Nos primeiros minutos à frente de um país altamente polarizado politicamente, o democrata convocou a população a se unir para derrotar desafios.

“Vou lutar pelos que me apoiaram e pelos que não me apoiaram. Neste dia de janeiro, minha alma inteira está dedicada a unir nossa nação”, declarou o democrata. “Com união, podemos fazer grandes coisas. Podemos superar o vírus mortal”, seguiu, em referência ao novo coronavírus, que já matou mais de 400 mil cidadãos americanos.

Ele pediu um minuto de silêncio pelas vítimas e disse que os EUA estão entrando, provavelmente, na fase mais mortal da pandemia. “Vamos derrotar o coronavírus como uma nação unida.”

Biden afirmou que sua posse não celebra o triunfo de um candidato, mas de uma causa: a democracia. “A democracia é preciosa e frágil. Desta vez, ela prevaleceu.”

A fala vem após uma transição de poder bastante tensa nos EUA, com o antecessor Donald Trump sem reconhecer a legitimidade das eleições de novembro. O republicano tampouco compareceu à cerimônia de posse desta quarta.

Há exatas duas semanas, o Capitólio, sede do Congresso norte-americano, foi invadido por apoiadores de Trump que tentaram impedir a certificação da vitória do então presidente eleito. “Esse é o dia da América, da democracia. Dia de história e esperança”, declarou nesta quarta o democrata. “Juntos, vamos escrever uma história de esperança, não de medo”.

O novo presidente dos EUA agradeceu seus antecessores dos dois partidos e disse acreditar na resiliência da Constituição americana. Os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton compareceram à cerimônia de posse.

Reforçando seu tom conciliador, Biden confirmou que vai restaurar antigas alianças para “engajar os EUA com o mundo” outra vez.

A expectativa é que o democrata anuncie ainda nesta quarta o retorno do país ao Acordo de Paris e à Organização Mundial da Saúde (OMS). “Podemos fazer os EUA outra vez uma força de liderança para o bem neste mundo. Seremos julgados de acordo com como lidamos com as crises deste momento.”

Sem citar nominalmente o agora ex-presidente Trump, Biden afirmou que “a política não precisa ser um fogo destruindo tudo ao redor” e que líderes têm responsabilidade de defender a verdade sobre a mentira.

Trump foi banido do Twitter por compartilhar notícias falsas, como as supostas fraudes eleitorais, e insuflar a população no episódio da invasão do Capitólio. “Precisamos confrontar e vamos derrotar a ameaça do terrorismo doméstico. Vamos voltar a nos escutar e nos ver outra vez; vamos nos respeitar”, clamou o novo presidente.

Biden também parabenizou Kamala Harris, primeira mulher eleita vice-presidente dos EUA, e lembrou a mancha do racismo no país.

Estadão Conteúdo

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