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Mundo

É possível ter acordo com China, mas ‘estou feliz’ com relações atuais, diz Trump

No fim de semana, Trump se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping, em Osaka, no Japão, para lidarem com as relações comerciais entre os dois países

Aline Rocha

26/06/2019 13h06

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que, nos últimos dias, autoridades americanas estiveram conversando “seriamente” com a China sobre as relações comerciais entre os dois países e disse que “é possível” que um acordo seja alcançado, embora tenha ressaltado que se sente “feliz” com o estado atual das relações sino-americanas. De acordo com ele, a questão da propriedade intelectual ainda está aberta nas negociações com a China.

Em entrevista à rede de TV americana Fox Business, Trump apontou que mais US$ 300 bilhões em produtos chineses podem ser tarifados em 25%, “ou, talvez, em 10%”, se um acordo com Pequim não for firmado. “O meu plano B, que, na verdade, é o meu plano A em relação á China e fazer menos negócios e tirar bilhões deles se não fecharmos acordo”, disse o republicano. O presidente apontou que o desejo dos chineses de fazer um acordo “é maior do que o meu” e ressaltou que sua equipe já está trabalhando em novas tarifas a produtos chineses.

Trump também criticou a desvalorização do yuan e disse que um acordo sobre essa questão também precisa ser alcançado durante o G20. No fim de semana, o líder americano se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping, em Osaka, no Japão, para lidarem com as relações comerciais entre os dois países. Ele também apontou que espera que o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês) seja aprovado no Congresso, mas não poupou a oposição e fez críticas à presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi (Califórnia) e a outros democratas.

FED

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a fazer críticas às políticas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e disse, nesta quarta-feira, que gostaria de ter o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, no comando do Fed. “Draghi está estimulando a economia e cortando as taxas de juros, enquanto aqui estão fazendo o contrário. Outros países estão estimulando suas economias, enquanto o Fed está promovendo um aperto quantitativo e elevando os juros. Eles estão desvalorizando suas moedas, mas temos um homem no Fed que não faz nada sobre isso”, afirmou Trump, referindo-se ao presidente do Fed, Jerome Powell.

Em entrevista concedida à rede de TV americana Fox Business, Trump comentou que Powell não faz um bom trabalho e enfatizou que tem o direito de tirar o dirigente da presidência do Fed se quiser, embora tenha apontado que não disse que faria isso. Para Trump, “a Europa tem sorte de ter Draghi por lá. Ele faz movimentos bons para apoiar a economia”. O presidente americano disse, ainda, que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA poderia estar crescendo cerca de 5% caso o Fed não tivesse elevado os juros e fez comparações com a era Barack Obama, “que teve juro zero”.

Na terça-feira, Powell, em discurso feito no Conselho de Relações Exteriores, afirmou que o Fed tem sua independência garantida pelo Congresso americano, que, de acordo com ele, teria visto “o dano que frequentemente surge quando a nossa política se inclina a interesses políticos de curto prazo”. Trump tem feito diversas críticas aos movimentos de elevação de juros pelo Fed e, de acordo com a imprensa americana, teria estudado retirar Powell do comando do banco central americano.

 

Estadão Conteúdo

 

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