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Mundo

Democratas em campanha responsabilizam Trump por massacres

Só neste fim de semana nos Estados Unidos foram um total 29 mortes e 44 feridos.

Marcus Eduardo Pereira

04/08/2019 16h40

Líderes políticos democratas nos EUA que disputam a indicação do partido para a candidatura a presidente em 2020 responsabilizaram diretamente, em programas de TV neste domingo, o presidente americano, Donald Trump, pelos dois massacres que ocorreram neste fim de semana no país, no Texas e em Ohio, que provocaram no total 29 mortes e 44 feridos. 

Beto O’Rourke, ex-prefeito de El Paso, cidade no Texas onde um atirador matou 20 pessoas e feriu 24 cidadãos em um supermercado Walmart no sábado, destacou que a “retórica de ódio” de Trump incentiva o racismo e xenofobia e cria um ambiente de divisão nacional, no qual há apoio do presidente a pessoas defensoras da “supremacia branca”. “Este presidente precisa parar com estas palavras que provocam um dano muito sério à coesão do país”, disse.

O senador Cory Booker, do Estado de New Jersey, apontou que Trump não pode mais fazer comentários contra negros e imigrantes, pois além ser uma postura errada e preconceituosa, que não pode ser adotada por ninguém, sobretudo o presidente dos EUA, ele como líder da nação acaba estimulando “extremistas” a provocar assassinatos. “É sabido que desde 11 de setembro, os atos de terrorismo por racismo e contra pessoas de origem de outras nações superam quaisquer outra forma de ataque em massa nos EUA.”

Pete Buttigieg, prefeito de South Bend, no Estado de Indiana, também atacou afirmações racistas e contra imigrantes de Trump e destacou que o presidente precisa também trabalhar para viabilizar leis federais que coíbam o acesso por civis de armas normalmente utilizadas por policiais e militares, como metralhadoras e fuzis. Segundo ele, após cada massacre nos EUA as autoridades do governo Trump “dizem que agora será diferente” e destacou que depois do que ocorreu no Texas e Ohio se não houver novas normas sobre o tema não sabe o que mais será necessário para tornar realidade tais legislações. 

Em defesa do presidente americano, Mick Mulvaney, chefe de gabinete em exercício na Casa Branca, disse que Trump trabalha para adotar medidas para evitar que pessoas desequilibradas emocionalmente possam adquirir tais armamentos pesados. “O presidente também é contra essas pessoas que acreditam na supremacia branca, que são pessoas doentes e ele os condena de forma explicita”, apontou. “Os problemas de massacres precisam ser avaliados de uma forma social”, disse, e destacou que não é justo responsabilizar Donald Trump por tais atos violentos.

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