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Mundo

Democracia passa por ‘dificuldades e desafios’, diz presidente do Paraguai

Abdo fez um agradecimento “a presidentes que se manifestaram em momentos em que a democracia paraguaia necessitou”

Aline Rocha

05/12/2019 14h34

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Da Redação
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O presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, falou na abertura da 55ª Cúpula do Mercosul nesta quinta-feira, 5, que vê a democracia passando por “dificuldades e desafios” na América do Sul e pediu compromisso dos líderes do bloco para fortalecer os valores democráticos na região.

Abdo fez um agradecimento “a presidentes que se manifestaram em momentos em que a democracia paraguaia necessitou”.

“Atualmente (a democracia) apresenta dificuldades e desafios. Temos o grande compromisso de fortalecer nossas democracias e melhorá-las com mais democracia, não com anarquia”, disse Abdo, ao lado dos presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, o argentino, Maurício Macri, e a vice-presidente do Uruguai, Lúcia Topolansky

Abdo falou que os países precisam de instituições fortalecidas para que dependem cada vez menos de seus presidentes. “(Temos o desafio de) fortalecer instituições para que nossas democracias possam depender menos do presidente e mais das instituições com consciência institucional.”

O presidente paraguaio assume nesta quinta-feira a presidência rotativa do bloco, que estava sob o comando de Jair Bolsonaro desde junho. “Assumiremos a presidência e daremos continuidade ao trabalho do Brasil. Temos grandes desafios.”

Região vive um ‘contexto preocupante’, diz vice-presidente do Uruguai

A vice-presidente do Uruguai, Lucía Topolansky, disse que a região vive um “contexto preocupante”. “O Mercosul não é nenhum paraíso e essa reunião acontece num contexto regional preocupante. Não se trata de um único país atravessando crise. São vários países sacudidos por protestos e crises políticas, institucionais, até mesmo golpes de Estado. O que é mais grave: violência em alguns casos.”

“Certas ausências e presenças (nesta reunião) são prova do que estou dizendo”, disse Lucia. “Na História, não há atalhos. Na política, não vale tudo. Entre nós não deve ter dualidade de critérios.”

Ela destacou que o Mercosul não pode “se fechar em si mesmo” nem “se abrir” a ponto de se distanciar de seus povos. “A esperança não acontece de forma solitária. Precisamos de um trabalho que não seja solitário. Não queremos um Mercosul fechado em si mesmo nem aberto pagando preços excessivos e se distanciando dos nossos povos. Precisamos agir com responsabilidade, se ficarmos nos preocupando com coisas pequenas, seremos pequenos.”

Lucía falou em respeito aos processos democráticos e citou as mudanças nos governos de seu país e da Argentina.

Ela participou da abertura da 55ª Cúpula do Mercosul nesta quinta, 5, ao lado do presidente argentino, Mauricio Macri, além do paraguaio, Mario Abdo Benítez, e do brasileiro, Jair Bolsonaro.

“Não nos corresponde emitir julgamento a respeito (da eleição argentina). Respeitamos a envergadura do trabalho (de Macri)”, disse Lucía. “No Uruguai, os cidadãos decidiram mudar o emblema governamental. Nós respeitamos e acatamos a decisão.”

 

Estadão Conteúdo

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