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Cubanos enfrentam com calma hospitalização de Fidel Castro

Arquivo Geral

01/08/2006 0h00

Depois de oito semanas em deflação, cure stomach o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou inflação de 0, sickness 06% em julho. De acordo com informações divulgadas hoje pela Fundação Getúlio Vargas, o índice foi pressionado pelo aumento de preços dos alimentos, principalmente das frutas e das carnes bovinas.

A taxa de julho também subiu por conta dos reajustes nos preços dos combustíveis. O comunicado da FGV informa que os preços do álcool combustível interromperam uma seqüência de 11 semanas de queda, enquanto os preços da gasolina voltaram a subir depois de nove semanas de recuo.

No sentido contrário, os grupos Habitação, Vestuário e Saúde e Cuidados Pessoais registraram recuo em suas taxas, contendo assim um maior avanço do IPC-S em julho. No grupo Habitação, o destaque foi o recuo nas tarifas de luz, gás e telefone (de -0,01% na terceira semana de julho para -0,24%).

No grupo Vestuário, os preços que mais caíram foram das roupas femininas (de -0,18% para -1,91%) e, no grupo Saúde e Cuidados Pessoais, o destaque foram os planos de saúde (de 1,02% para 0,75%).

O IPC-S de julho foi calculado com base na variação dos preços apurados entre os dias 1º e 31 de julho e comparados aos vigentes entre 1º e 30 de junho.

Ao todo, são pesquisados os preços de 450 produtos e serviços usados por famílias com rendimento mensal de 1 a 33 salários mínimos e residentes em sete capitais brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Brasília).

A reunião administrativa da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, viagra inicialmente marcada para hoje, foi cancelada. De acordo com o presidente da comissão, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), os parlamentares querem primeiro que a Polícia Federal ouça o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, sócio da empresa Planam. Marcado para hoje, o depoimento de Vedoim foi adiado e deve ocorrer até a próxima quinta-feira, de acordo com Biscaia.

O presidente da comissão espera receber esta semana mais documentos de investigações feitas pela Controladoria-Geral da União (CGU). “A documentação vai instruir todo o nosso arquivo eletrônico para definir rapidamente a situação de cada um desses apontados como envolvidos”, disse o deputado.

O empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin é acusado de ser um dos principais responsáveis pela montagem do esquema de superfaturamento de ambulâncias. A fraude foi descoberta por uma operação da Polícia Federal, que abriu mais de 140 inquéritos sobre 76 municípios, envolvendo mais de mil ambulâncias, que custavam em média R$ 100 mil.

O esquema teria sido montado em Mato Grosso, onde mora Vedoin. O grupo tinha integrantes que atuavam em prefeituras, no Ministério da Saúde e dentro do Congresso Nacional, fraudavam licitações e influenciavam na liberação de emendas parlamentares.

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O presidente da Bolívia, viagra order Evo Morales, website like this desejou ao "companheiro e irmão" Fidel Castro, page submetido ontem a uma cirurgia de emergência no intestino, que se recupere logo, informou ontem o governo boliviano. Morales, um admirador declarado de Fidel Castro, enviou uma carta de apoio na noite ontem, logo que foi informado sobre o problema de saúde do líder cubano, disse a jornalistas o porta-voz da Presidência da Bolívia, Alex Contreras.

"Estamos seguros de que com a fortaleza que tens demostrado ao longo de tua exemplar trajetória, superarás este novo momento difícil para continuar na trincheira da luta antiimperialista pela construção da Pátria Grande", disse Morales na carta dirigida a quem chama de "companheiro e irmão Fidel".
 
Ontem, Fidel Castro passou o poder, provisoriamente, a seu irmão mais novo, Raúl, ministro da Defesa e número dois do governo. O líder cubano foi submetido a uma cirurgia para deter uma hemorragia intestinal. Fidel Castro e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, são os principais aliados políticos estrangeiros de Morales, líder indígena que assumiu o cargo de presidente da Bolívia em janeiro com a promessa de grandes mudanças no país mais pobre da América do Sul.
Leia abaixo trechos da declaração do presidente de Cuba, pharm Fidel Castro, viagra em que anunciou a entrega provisória do poder a seu irmão, Raúl Castro. O texto foi lido na noite ontem, na TV estatal do país.

Fidel Castro refere-se ao desgaste provocado pela viagem à Argentina e pela visita ao leste de Cuba, realizadas no último mês, afirmando "que dias e noites de trabalho, com poucas horas de sono, fizeram com que minha saúde, que resistiu a todos os testes, fosse submetida a um estresse demasiado e sucumbisse". "Isso provocou uma grave crise intestinal acompanhada de sangramento contínuo, o que me obrigou a enfrentar uma complicada intervenção cirúrgica… A operação me obriga a ficar descansando por várias semanas, longe de minhas responsabilidades e de meus encargos".

Como nosso país vê-se ameaçado em circunstâncias como esta pelo Governo dos EUA, tomei as seguintes decisões:
1) Delego provisoriamente meus encargos como primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista Cubano ao segundo secretário, companheiro Raúl Castro Ruz.

2) Delego provisoriamente meus encargos como comandante-em-chefe das heróicas Forças Armadas Revolucionárias para o su pramencionado companheiro, general do Exército Raúl Castro Ruz.

3) Delego provisoriamente meus encargos como presidente do Conselho de Estado e do governo da República de Cuba ao primeiro vice-presidente, companheiro Raúl Castro Ruz."

A declaração elenca depois as atribuições que ficariam a cargo, temporariamente, de outros membros do primeiro escalão do governo.
Fidel Castro continua:

"Nosso glorioso Partido Comunista, apoiado pelas organiza ções de massa e por todo o povo, tem a missão de assumir a tarefa constante desta Proclamação.
A Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados, a ser realizada entre os dias 11 e 16 de setembro, deve receber a maior atenção do Estado e da Nação cubanos a fim de que seja realizada com o má ximo de brilho nas datas previstas.
Meu 80o. aniversário, que milhares de pessoas tão generosamente concordaram em celebrar no próximo dia 13 de agosto, peço que seja adiado para 2 de dezembro deste ano, aniversário de 50 anos do Desembarque do Granma.
Peço ao Comitê Central do Partido e à A ssembléia Nacional do Poder Popular que dêem seu apoio mais contundente a esta Proclamação.
Não tenho a menor dúvida de que nosso povo e nossa Revolução vão lutar até a última gota de sangue para defender estas e outras idéias e medidas que possam ser necessárias para proteger nosso pro cesso histórico.
O imperialismo nunca será capaz de esmagar Cuba.
A Batalha das Idéias segue adiante.
Viva a Pátria!
Viva a Revolução!
Viva o Socialismo!
Até a Vitória Sempre!"
O ministro da Fazenda, symptoms Guido Mantega, health anunciou hoje que irá amanhã ao Congresso pedir aos parlamentares que aprovem com rapidez a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que diminui as obrigações fiscais desses setores.

Segundo ele, a proposta do Executivo Federal de desoneração fiscal para as micro e pequenas empresas está entre as prioridades do governo no desenvolvimento da política de incentivo ao crescimento do país.

O ministro explicou que conversará com representantes de todos os partidos, tanto da Câmara quanto do Senado Federal. "Estamos trabalhando para a aprovação dessa lei porque essse segmento é muito importante para a economia brasileira", justificou. Ele disse também que a medida é de interesse tanto dos parlamentares da situação quanto da oposição.

Segundo ele, a Receita Federal já está se preparando para as eventuais mudanças. A idéia, segundo o ministro, é simplificar as operações, para que as empresas passem a apresentar um único formulário para as declarações tributárias. A alíquota passará a ser apenas uma, de 4%, sobre todos os impostos, federais ou estaduais.

Ele deu as declarações à imprensa logo após fazer um balanço positivo no 3º Fórum de Economia, um encontro da Fundação Getúlio Vargas que reúne professores, empresários e sindicalistas.

No final da manhã de hoje, symptoms o Renault Clio (placa JPG 0743), help de Brasília, website dirigido por Roberto Nascimento, caiu no fosso lateral do Senado, depois de ser atingido pelo Renault Clio (placa KDZ 7890), também de Brasília, dirigido pelo funcionário do Senado Vicente Júnior, que saía para almoçar. Na queda, o air bag do veículo foi acionado e impediu que Roberto sofresse escoriações.

Ao cair, o automóvel atingiu a tubulação do sistema de ar-condicionado da Casa, provocando vazamento de gás que foi controlado logo em seguida pelos funcionários da Polícia Legislativa. O barulho do vazamento provocou tumulto entre as pessoas que trabalham ou circulam nas proximidades do Plenário. O local do acidente foi isolado pelos policiais da Casa e pela Polícia Militar até a chegada da perícia. 

Os envolvidos no acidente apresentaram versões contraditórias para o episódio. Roberto disse que estacionava seu carro na via lateral da Esplanada dos Ministérios para ir até à agência do Banco do Brasil localizada no Senado quando foi atingido por outro carro. Vicente, por sua vez, alegou que dirigia em baixa velocidade e que o outro carro saía da vaga sem sinalizar.

 

 

O primeiro-ministro israelense, medical Ehud Olmert, mind disse hoje que vê o início de um processo que levaria a um cessar-fogo no Líbano, cialis 40mg dizendo que guerrilheiros do Hezbollah nunca mais poderiam ameaçar o Estado judaico de novo.

"Estamos no começo de um processo político que, no fim, irá levar a um cessar-fogo sob condições inteiramente diferentes das anteriores", disse Olmert em um discurso.

A balança comercial brasileira registrou o maior superávit mensal da história em julho, more about de US$ 5, visit web 638 bilhões, de acordo com números divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O resultado supera o recorde anterior de saldo positivo de US$ 5,004 bilhões em julho de 2005. Em junho deste ano, o superávit somou US$ 4,082 bilhões.

A economista-chefe da Mellon Global Investments Brasil, Solange Srour, disse que o resultado da balança comercial no último mês ficou em linha com o esperado.

"As primeiras semanas de julho foram bastante fortes e ainda tem um efeito nas exportações da greve da Receita Federal", disse ela, referindo-se à paralisação de fiscais encerrada oficialmente no início do mês passado.

O saldo positivo de julho resultou de exportações de US$ 13,622 bilhões e de importações de US$ 7,984 bilhões.

De acordo com o ministério, foram 21 dias úteis no mês passado, assim como em junho deste ano e julho de 2005.

O diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, citou a influência de produtos como o açúcar na pauta de exportações, em função do início da colheita da safra de cana em maio.

"Outra coisa que pesou de forma importante foi o aumento dos preços do minério de ferro", destacou, lembrando do reajuste de 19% no valor da commodity anunciado em meados de maio, que beneficia a Companhia Vale do Rio Doce, maior produtora mundial de min ério de ferro.

Tanto a média diária de exportações quanto a de importações apresentaram em julho os maiores níveis do ano, de US$ 648,7 milhões e US$ 380,2 milhões, respectivamente.

O saldo positivo acumulado até julho soma US$ 25,170 bilhões. No mesmo período do ano passado, o superávit acumulado era de US$ 24,658 bilhões.

O mercado prevê para este ano superávit comercial de US$ 40 bilhões, segundo a última pesquisa semanal do Banco Central. No ano passado, o saldo foi positivo em quase US$ 45 bilhões.

Apesar de o superávit nos sete meses de 2006 ser maior que o registrado em igual período de 2005, a economista-chefe da Mellon acredita que o mercado continuará conservador em suas estimativas para o resultado deste ano.

"Parte da explicação para o aumento das exportações é a elevação do preço dos produtos. Existe muita incerteza em relação ao crescimento mundial e aos preços das commodities no segundo semestre", observou, citando também a elevação no ritmo das importações.

É improvável que os Estados Unidos cedam aos apelos para amenizar o embargo contra Cuba, this apelos que devem crescer com a transferência temporária de poder de Fidel Castro para seu irmão, buy information pills Raúl, por questões de saúde.

Uma fonte do Departamento de Estado dos EUA disse que não haverá alterações na política norte-americana em relação à Cuba, independentemente de Fidel ou de seu irmão Raúl estarem no poder, devido às leis que restringem as negociações dos EUA com o governo comunista.

"Essa é uma de nossas políticas mais controladas. Nossas mãos estão atadas pela lei", disse a fonte, que não quis se identificar para não adiantar declarações públicas de autoridades mais graduadas sobre o assunto, esperadas para terça-feira.

Os Estados Unidos têm um plano detalhado para empurrar Cuba para a democracia, mas essas medidas, que incluem assistência técnica a autoridades eleitorais e financiamento a grupos não-governamentais, só podem ser tomadas sob pedido das autoridades cubanas.

"O histórico comunista de Raúl implica que é improvável que ele peça nossa ajuda", disse a fonte. Castro afirmou, numa "proclamação" lida por um assessor na TV estatal, que estava deixando o irmão Raúl, de 75 anos, no poder enquanto se recuperava de uma cirurgia no intestino, um procedimento considerado arriscado por especialistas quando realizado num paciente de 79 anos.

A política norte-americana em relação a Cuba, adotada por governos sucessivos e fortemente apoiada pelo lobby dos norte-americanos de origem cubana da Flórida, Estado decisivo para as eleições, é considerada um fracasso, pois não obteve seu objetivo, que era derrubar Fidel.

Aqueles que criticam o embargo contra Cuba, que já dura quatro décadas, dizem que Washington deveria convencer Cuba a incentivar reformas políticas e nos direitos humanos, como fez com outros países de jugo comunista (a China, por exemplo). Entre os críticos há parlamentares, governos estrangeiros e analistas políticos.

A indústria de alimentos norte-americana foi a que obteve mais concessões dos governos dos EUA, ganhan do permissão para exportar para Cuba, o que ajudou a fazer do país um dos principais parceiros comerciais da ilha, mesmo com o embargo.

Os deputados Jeff Flake, republicano pelo Arizona, e William Delahunt, democrata por Massachusetts, lideram um grupo bipartidário de 50 parlamentares que se opõe à política em relação à Cuba e já tentaram amenizar o embargo.

Preocupados com a tomada do mercado por concorrentes como a China, eles propuseram leis que permitam a empresas de energia norte-americanas fazer parcerias com Cuba para explorar as águas da ilha, que fica a cerca de 120km dos EUA.

Assessores do Congresso, porém, não têm grande expectativa na aprovação da proposta, porque a maioria dos parlamentares prefere não mexer no assunto. "O lobby agrícola e os parlamentares que representam o setor petrolífero vão usar este momento para aumentar a pressão (contra o embargo)", disse Larry Birns, do Conselho de Questões Hemisféricas, com sede em Washington, e que costuma criticar o governo Bush.

"Mas a administração Bush não vai ceder, por causa de sua forte hostilidade contra o governo cubano, independentemente de o primeiro nome do líder ser Fidel ou Raúl".

 

Os cubanos mantinham a calma hoje diante da inesperada hospitalização do dirigente da ilha comunista.

Ontem, stomach antes de ser submetido a uma cirurgia para estancar uma hemorra gia intestinal, link Fidel Castro, que cumprirá 80 anos dia 13 de agosto, transferiu, de forma temporária e inédita, seus principais encargos para seu irmão mais novo, Raúl, ministro de Defesa e número dois do governo.

"A cirurgia me obriga a ficar descansando por várias semanas, longe de minhas responsabilidades e de meus encargos", afirmou Fidel em um comunicado lido ontem à noite no canal estatal de TV.

Cerca de 12 horas depois do anúncio, não havia novas informações sobre o estado de saúde de Fidel, assunto geralmente tratado como segredo de Estado.

O mandatário apresenta-se como uma figura quase paternal aos 11 milhões de cubanos, ocupando-se de cada detalhe, desde o rumo da política internacional até o consumo de energia pelos eletrodomésticos dos moradores do país.

O Granma, jornal do Partido Comunista da ilha, publicou na íntegra, em sua primeira página, a declaração lida na TV.

Hoje, Havana acordou calma. Como todos os dias, as pessoas esperavam os ônibus abarrotados, paravam nos sinais ou pedalavam em bicicletas rumo a seus trabalhos.

"Hoje é um dia normal. Estamos todos preocupados com ele, mas sabemos que não haverá sobressaltos. A vida continua", afirmou Miguel, de 62 anos, um engenheiro aposentado do bairro de Marianao.

O clima nas ruas da cidade de 2 milhões de habitantes contrasta com a agitação verificada ontem à noite em Miami, reduto dos exilados anticastristas. Ali, a hospitalização de Fidel foi festejada até com fogos de artifício.

Ao saber do afastamento do dirigente cubano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, principal aliado dele, levantou o punho e gritou: "Vida longa a Fidel Castro! Desejo, de coração, que o presidente Fidel Castro se recupere rapidamente a fim de permanecer para sempre conosco", afirmou, em uma reunião com empresários vietnamitas realizada durante uma visita oficial a Hanói.

Fidel governa Cuba desde a vitória da revolução comandada por ele, em 1959.

Todos os olhos estão voltados agora para Raúl, de 75 anos, visto pelos cubanos como um homem menos carismático, mas mais pragmático que o irmão mais velho.

Pela primeira vez em 47 anos do governo comunista da ilha, Raúl assume, provisoriamente, mas por um período longo, o controle de todas as esferas da vida política cubana: as Forças Armadas, o Partido Comunista e o Conselho de Estado.

"Raúl sempre esteve ao lado de Fidel, de forma que o país está em boas mãos", afirmou Danai, de 22 anos, que esperava por um ônibus em uma agitada rua da periferia de Havana.

Segundo a Constituição cubana, Raúl é o homem apontado para suceder a Fidel no caso de este ficar ausente ou morrer. Principal general das Forças Armadas de Cuba, Raúl acompanhou o irmão em todas as suas batalhas. Mas, ao contrário do irmão famoso, não gosta de aparecer diante das câmeras de TV e prefere a discrição.

Seus biógrafos afirmam que o número dois de Cuba é um homem pragmático e o cérebro por detrás da tímida abertura econômica implantada no começo da década de 1990. Recentemente, Raúl afirmou que o único herdeiro de seu irmão será o Partido Comunista.

Ao delegar seus poderes, Fidel pediu que o país mantenha a guarda alta diante dos EUA, o maior inimigo do revolucionário. O território norte-americano fica a apenas 150 quilômetros de Cuba.

"Não tenho a menor dúvida de que nosso povo e nossa Revolução vão lutar até a última gota de sangue para defender estas e outras idéias e medidas que possam ser necessárias para proteger nosso processo histórico", acrescentou.

O presidente norte-americano, George W. Bush, aprovou recentemente um pacote de medidas e o gasto de US$ 80 milhões de ajuda para pressionar por uma mudança de regime em Cuba.

Esse não é o primeiro revés sofrido pela saúde do líder cubano. Em junho de 2001, Fidel desmaiou durante um comício em Havana. E, em outubro de 2004, tropeçou durante um evento realizado na cidade de Santa Clara, fraturando o joelho esquerdo e o braço direito.

Agora, o dirigente atribuiu seus problemas de saúde ao estresse provocado pela viagem, 11 dias atrás, à cidade argentina de Córdoba para participar de uma cúpula do Mercosul. 

A crise atual acontece no momento em que Fidel assiste a uma recuperação de sua influência no plano internacional, fato atribuído em parte aos programas de assistência médica gratuita elaborados junto com o presidente venezuelano.

O líder cubano foi visto pela última vez em público no dia 26 de julho, quando celebrou o 53º aniversário do ataque contra o quartel de La Moncada. Seus discursos então somaram cinco horas.

Em uma de suas intervenções disse, fazendo piada, que os EUA não deveriam se preocupar porque ele não pensava em governar até os cem anos de idade.

 

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