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Coronavírus: fake news causam ataques, incêndios e mortes pelo mundo

Casal de americanos ingeriu garrafa de produto de limpeza por acreditar que produto possuía propriedade que seriam eficientes no combate ao coronavírus

Redação Jornal de Brasília

16/06/2020 11h49

A divulgação de notícias falsas acerca do novo coronavírus tem gerado consequências negativas, muitas vezes irreversíveis. De acordo com uma apuração realizada pela BBC News, existe uma relação entre a propagação das fake news e os diversos episódios de ataques, incêndios provocados e mortes pelo mundo.

Uma das teorias propagadas é a de que a tecnologia 5G estaria ajudando a disseminar o vírus. Muitas pessoas, por acharem que o governo está envolvido, acabam não procurando ajuda. Devido a essas alegações, vários engenheiros de telecomunicações passaram a receber ameaças. No Reino Unido, torres de transmissão de telefonia celular foram incendiadas.

Um dos personagens entrevistados pela BBC, Brian, de 46 anos, relatou que a esposa dele está em estado grave, sedada e com um respirador. De acordo com o homem, ele e a mulher teriam lido que a doença se tratava apenas de uma gripe. 

Um casal de americanos ingeriu uma garrafa de produto de limpeza. Eles acreditavam que o produto possuía propriedade que seriam eficientes no combate ao coronavírus. Wanda e Gary Lenius observaram que havia um ingrediente aparentemente similar com a hidroxicloroquina no rótulo da garrafa.

Poucos minutos após ingerir o composto, o casal passou a sentir tontura e calor. Em seguida, ambos passaram a vomitar e apresentaram dificuldade em respirar. Gary veio a óbito, enquanto Wanda teve que ser hospitalizada. A mulher relata que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficava dizendo que “isso era praticamente uma cura”.

Na Nigéria, várias pessoas foram envenenadas pelo consumo desassistido da hidroxicloroquina. Devido a isso, as autoridades do país precisaram alertar a população contra o uso do fármaco.

Um vietnamita, de 43 anos, foi uma das vítimas de envenenamento pela substância, após ingerir uma grande quantidade de cloroquina. O paciente chegou ao hospital tremendo e apresentava vermelhidão, além de dificuldade em enxergar. 

No Irã, o consumo de bebidas alcoólicas é proibido, no entanto, produtos de baixa qualidade e, por vezes, contaminados são consumidos. Os pais de um menino de 5 anos o fizeram consumir uma dessas bebidas por crerem que a substância iria combater a doença. Após consumir o álcool ilegal, a criança acabou ficando cega. 

Em Nova York-EUA, Duncan Maru, médico do hospital Elmhurst, afirmou que vários pacientes precisaram receber atendimento após ingerirem desinfetante. Em Nova Déli, na Índia, três muçulmanos foram atacados depois que falsas informações de que os muçulmanos estariam disseminando o vírus foram divulgadas.

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