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Com 361 mortos e mais de 17.200 infectados, coronavírus segue avançando na China

A epidemia levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência internacional, já que mais de 20 nações reportaram casos da doença

Redação Jornal de Brasília

03/02/2020 5h42

People wear face masks to help prevent the spread of the SARS-like virus as they visit the Sensoji temple in Tokyo on February 3, 2020. – Japan’s health ministry reported three new cases on February 1, bringing the number of infections in the country to 20, including two cases of human-to-human transmission. (Photo by Behrouz MEHRI / AFP)

O número confirmado de mortes pela epidemia de um novo coronavírus subiu para 361, com 57 novos falecimentos, sendo 56 apenas na província de Hubei, informaram nesta segunda-feira (na China) as autoridades de saúde chinesas.

De acordo com a Comissão Nacional de Saúde, 2.829 novos casos de contaminação foram diagnosticados, elevando o total de infectados a mais de 17.200 em toda China.

Dessa forma, o impacto do novo coronavírus supera o número de mortes causadas pela epidemia de Sars em 2002-2003, que provocou a morte de 349 pessoas na China continental.

Especialistas acreditam que o novo coronavírus surgiu em dezembro em um mercado especializado em frutos do mar de Wuhan, que também vendia clandestinamente carne de animais exóticos.

Os casos de infecções se espalharam para além da província, enquanto o povo chinês viajava pelo país e pelo mundo para celebrar o feriado do Ano Novo Lunar, que começou na semana passada.

Por conta deste surto, vários países intensificaram as medidas de precaução, protegem suas fronteiras e repatriam seus cidadãos da China para conter a propagação do coronavírus.

A epidemia levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência internacional, já que mais de 20 nações reportaram casos da doença.

Neste domingo, foi registrada a primeira morte fora da China. Trata-se de um chinês de 44 anos e natural de Wuhan, epicentro da epidemia, que faleceu nas Filipinas.

Diante da expansão da doença, os países do G7 vão providenciar uma resposta conjunta para combatê-la, anunciou neste domingo o ministro da Saúde alemão, depois de conversar por telefone com o chefe do Departamento de Saúde dos Estados Unidos.

Todos os integrantes do grupo (formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) já registraram casos da doença em seus territórios.

Na França, cerca de vinte passageiros que estavam num avião de repatriados da China que chegou neste domingo ao país europeu ficaram retidos no aeroporto de Istres (sul), aguardando análise de exames, pois apresentavam sintomas do novo coronavírus, disse a ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn.

– Brasil vai repatriar residentes em Wuhan –

Após o apelo de um grupo de brasileiros que vive em Wuhan, que divulgou um vídeo pedindo ajuda ao presidente Jair Bolsonaro e seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, governo anunciou que vai repatriá-los.

O comunicado não informa quantos brasileiros ainda estão em Wuhan e nem determina quando a operação de repatriamento começará, mas explica que todos os cidadãos que retornarem dessa maneira devem passar por uma quarentena “de acordo com os procedimentos internacionais”.

A logística da viagem ficará a cargo da Força Aérea Brasileira, enquanto a embaixada do Brasil em Pequim assumirá o trabalho de organização e informação.

Não há números oficiais sobre quantos brasileiros estão em Wuhan. As estimativas iniciais falavam de 70 pessoas, mas algumas viajavam por seus próprios meios antes que a cidade fosse declarada em quarentena.

– Opep convoca reunião –

Por conta dos efeitos do surto nos preços do petróleo, que caíram acentuadamente desde o início do ano devido à crescente preocupação com a economia da China, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia realizarão uma reunião técnica na terça e quarta-feira em Viena para discutir a situação.

“Esta previsto um encontro de um comitê técnico misto (JTC) para terça e quarta-feira” em Viena, onde fica a sede da Opep, para analisar as questões que afetam os preços do petróleo, declarou uma fonte próxima da Opep.

Agence France-Presse

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