A agência de notícias Associated Press indicou neste sábado (7) que a apuração dos votos na Pensilvânia levou o candidato Joe Biden a 284 votos de delegados, o necessário para que ele se eleja. Desta forma, Biden é o novo presidente dos Estados Unidos.
Nos EUA, não há um Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São as agências de notícias que fazem a contagem junto às autoridades. Após a AP anunciar a vitória de Biden na Pensilvânia, outras agências publicaram a mesma informação.
A vitória de Biden ainda não foi declarada oficialmente. Contudo, os EUA têm o costume de reconhecer como presidente aquele candidato apontado pelas agências — funciona desta forma há mais de 100 anos.
É de praxe no país norte-americano que os candidatos se pronunciem oficialmente anunciando a vitória e aceitando a derrota. Donald Trump, no entanto, anunciou que não deve aceitar o revés. Cerca de uma hora antes de o anúncio da Associated Press, Trump disse, no Twitter: “Eu ganhei esta eleição, de muito!”. O candidato derrotado prometeu ainda ir à Justiça na segunda-feira (9).
Primeira mulher vice-presidente
Com a vitória de Biden, os EUA tem a primeira mulher vice-presidente da história. Kamala Harris é a vice do democrata. “Esta eleição envolve muito mais do que Joe Biden ou eu. É sobre a alma da América e nossa disposição de lutar por ela. Temos muito trabalho pela frente. Vamos começar”, disse após a vitória.
Biden será o presidente mais velho a tomar posse nos EUA, com 78 anos – os quais completará no próximo dia 20. Ele foi eleito por um forte sentimento de aversão a Trump entre parte da sociedade americana, que decidiu que o presidente não merece mais um mandato no comando do país.
O ex-vice de Barack Obama se apresentou como a solução para curar o país da crise de saúde, provocada pela pandemia de coronavírus, e também da extrema polarização social que divide os americanos. Para isso, prometeu restaurar o compromisso dos EUA com princípios fundadores da sociedade americana, com uma plataforma de busca pela restauração da integridade e da normalidade. O maior desafio que se apresenta ao democrata é a contenção da segunda onda de coronavírus e a reversão da crise econômica.
Com o país com o maior número de mortos por covid-19 e uma recessão comparada apenas à Grande Depressão, Biden ganhou força e articulou o apoio com a ala mais à esquerda da legenda. Em junho, na onda de protestos contra o racismo e violência policial, o democrata abriu a maior vantagem contra Trump na disputa e manteve o patamar até o fim.
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